Igreja Católica foi fundada por Jesus?
"Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do hades não prevalecerão contra ela; dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus." (Mateus 16:16-19)
Com base nesses versículos, católicos dizem que Cristo fundou a Igreja Católica tendo Pedro como Papa.
Apresento abaixo alguns argumentos contra essa idéia, com a visão do Espiritismo para essa passagem bíblica:
1) Na verdade, a palavra grega ekklêsia, traduzida como "igreja", significa "assembléia" ou "congressão", ou seja, uma reunião de indivíduos com o mesmo propósito. Nada a ver com a "Igreja" no sentido de instituição ou a "igreja" no sentido de templo. Nem existia palavra no grego para "igreja" no sentido em que entendemos hoje. Não era dessa Igreja como conhecemos que Jesus falava.
2) Em outro versículo, diz Jesus sobre a sua "Igreja": "Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." (Mateus 18:20). Então, Jesus não falava dessa Igreja com sua hierarquia, seus templos, sua riqueza material, seu poder terreno, e sim de uma assembléia, uma reunião de pessoas reunidas em nome de Jesus, onde ele estaria em espírito. Lá Jesus estará, seja um templo católico, seja um templo protestante, um centro espírita, um centro umbandista, etc.
3) Hoje em dia a Igreja tem uma hierarquia com padres, bispos, cardeais, etc, tendo o Papa como o grande líder e considerado o representante de Jesus na Terra. Mas com Cristo, seus discípulos e nas primeiras comunidades cristãs não tinha nada assim, tanto que Cristo disse: "Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi; porque um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos. E a ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem queirais ser chamados guias; porque um só é o vosso Guia, que é o Cristo." (Mateus 23:8-10).
Só Jesus é líder. Ele não deu a Pedro nenhuma autoridade na Terra e muito menos disse que Pedro teria sucessores. A hierarquia começou com Catolicismo, séculos depois do Cristo. Muito diferente do que acontecia nas "assembléias".
4) "Pois também eu te digo que tu és Pedro(x), e sobre esta pedra(y) edificarei a minha igreja, e as portas do hades não prevalecerão contra ela;": x= o nome de Pedro, petros em Grego, é referência a um específico tipo de pedra ou rocha; y=petra, em Grego, um tipo de rocha sólida, um fundamento firme. Petra se refere a Jesus e não a Pedro, como querem os católicos. No versículo 16, Pedro diz "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.", demonstrando sua fé no Cristo, e sobre essa fé estaria fundamentada a "assembléia" e não sobre a pessoa do Pedro o "Papa".
5) Os seguintes versículos, onde petra aparece como rocha, nos provam que o fundamento daquela assembléia é de fato o Cristo, não Pedro: Lucas 6:47-48; Mateus 7:24-25; Romanos 9:33; 1 Coríntios 10:4.
E Paulo ainda disse, em I Coríntios 3:11 "Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo"
6) Sendo ekklêsia uma "assembléia", claro está que essa promessa não poderia ser só para Pedro mas para os outros seus discípulos, pois "assembléia" é constituida obviamente por várias pessoas.
7) De fato, Jesus faz essa promessa a seus outros discípulos em Mateus 18:18.
8) "dar-te-ei as chaves do reino dos céus": A Igreja entende que Jesus deu a Pedro e seus "sucessores" o direito de abrir e fechar as portas do céu, ou seja, de escolher quem entrará ou não no céu. Gostam de usar isso para "provar" a autoridade dos sacerdotes "escolhidos por Cristo" na Terra. Mas Cristo se referia a Pedro, não seus "sucessores". Fez uma promessa a Pedro e também a outros dos seus discípulos, mas não falou que haveria sucessores em uma instituição humana poderosa com uma hierarquia de poderes terrenos.
9) A palavra "chave" aqui não é, como a Igreja quer, a chave no sentido literal para abrir e fechar a porta do céu, deixando de fora os “infiéis”. A palavra grega é kleis. Greek-English lexicon define kleis como uma metáfora que no Novo Testamento define poder e autoridade de vários tipos. Dizer que um empregado tinha a "chave da casa" era o mesmo que dizer que ele era de confiança para algumas tarefas diárias. Pedro - assim como outros discípulos - não seria um "porteiro do céu", um "guardião celestial". Não, Jesus falava figurativamente. A Pedro e seus outros discípulos Jesus confiaria algumas tarefas específicas no Reino de Deus.
10) A Igreja diz que as "portas do inferno" seriam as "heresias", entre elas, é claro, a reencarnação, e que a "Santa Igreja" não seria vencida por nenhuma delas.Mas não foi isso que Cristo disse. Em primeiro lugar, como demonstrado, Cristo se referia ao grupo de pessoas formado por Pedro e outros discípulos. Pessoas que Cristo escolheu pelo valor espiritual - todos médiuns, inclusive - e não pessoas dentro de uma hierarquia com poderes terrenos.
11) "Portas do Hades"- ou "portas do inferno" - no grego é "pulai hadou". A palavra hadou é substantivo possessivo de hades, que é aqui uma referência ao túmulo. Naqueles tempos, os túmulos dos judeus ficavam em um lugar com portões ou portas pesadas. Vejamos o que disse Paulo nesses versículos: "Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção. Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrito: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? " 1 Coríntios 15 (50-55). A palavra aqui traduzida como "morte" é "hadês", igual em Mateus 16:18. Em ambas as passagens, hadês se refere ao túmulo e a morte em geral. Ao dizer que "as portas do túmulo" não iriam prevalecer contra aquela assembléia, Cristo dizia simplesmente que aquela assembléia venceria a morte, assim como Jesus. Ou seja, Cristo falava da ressurreição, mas a ressurreição espiritual, como nós espíritas entendemos. Aquela que todos nós veremos um dia quando não precisarmos mais vir ao mundo exceto em missão: "Porquanto, quando ressuscitarem dentre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento, mas serão como os anjos que estão nos céus." (Marcos 12:25). A assembléia do Cristo, formada por Pedro e outros escolhidos pelo Cristo, prosseguiria, após o desencarne, no plano espiritual.
12) A palavra grega didômi, “dar”, está usada no tempo futuro, doso. Jesus disse, então, que daria as chaves a Pedro futuramente e não que dava naquele momento. O daria no futuro, no plano espiritual, não em vida.
13) O “ligar e desligar” a que se refere Jesus não foi prometido apenas para Pedro (veja Mateus 18:18) e não seria em vida, mas no plano espiritual. Não foi prometido o poder de decidir infalivelmente as questões religiosas e de abrir e fechar as portas do céu, como o Papa.
14) Emmanuel diz em seu livro "A Caminho da Luz" que Cristo é o Governador Espiritual de nosso planeta. E também lemos na Bíblia Jesus dizer, em Mateus 28:18,: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. " (ou seja, no plano espiritual e no material). E os escolhidos por Cristo, ou seja, a sua "assembléia", trabalham com ele, com a “chave” (a confiança) que Jesus lhes deu.
15) O Cristianismo mais tarde se tornou religião oficial do Império Romano com o Imperador Constantino, o pai do absurdo dogma da Trindade, transformado em regra de fé, e foi se desvirtuando ao longo dos anos. Mas esse é outro longo assunto que não cabe aqui.
16) Pedro não foi o primeiro Papa porque:
16.1) Foi apenas um dos dozes apóstolos (Matheus 10:1-2; Marcos 3:13-19; Lucas. 6:13-16).
16.2) Foi apenas um dos três amigos próximos de Jesus (Mt. 17:1; 26:36-37)
16.3) Negou Jesus 3 vezes (Mt. 26:69-75)
16.4) Era um homem casado (1 Cor. 9:5; Matheus 8:14)
16.5) Foi repreendido por Jesus (João 21:20-22; Mt. 16:23) e por Paulo (Gal. 2:11).
16.6) Nunca aceitou reverência (Atos 10:25-26; Apocalipse 19:10; 22:9)
16.7) Não era superior a outros apóstolos (Mt. 18:18; 2 Cor.11:5;12:11)
16.8) Disse Jesus para os 12 apóstolos, não apenas Pedro: “sentar-vos-eis também vós sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel” (Mateus 19:28)
16.9) A cabeça da Igreja é Jesus e não Pedro (Efésios 1:22-23; Colossenses 1:19)
16.10) Pedro não foi eleito o Vicário de Cristo na Terra (sem referência)
16.11) Pedro nada disse sobre “sucessores”.
16.12) Nem Pedro e nem outro discípulo disseram ser “O Maior no Reino”. Pelo contrário, eram todos iguais (Mt. 18:1-4; 20:20-28)
16.13) Tanto Pedro quanto Paulo se referiam a Jesus como a “pedra”, ou seja, o único fundamento (Atos 4:12; Efésios 2:20)
16.14) Está claro que Pedro e os outros discípulos são apenas os edificadores da “Pedra”, que é Jesus (Atos 4:11-12; Efésios 2:19-20)
16.15) “Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, fortalece teus irmãos. “ (Lucas 22:31-32)
Isso pode ser considerado como prova de que Pedro não é infalível, pois Pedro errou tanto em seu ministério que Paulo o condenou como herético.
16.16) “Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu- lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeirinhos. Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas. Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez: Amas- me? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas “ (João 21:15-17).
Isso de forma alguma prova que Pedro é Papa. Jesus estava revertendo as três negativas de Pedro com três confissões de fé. Três vezes Pedro negou Jesus, três vezes foi pedido a Pedro que proclamasse seu amor a Jesus, A ênfase aqui não é em Pedro “liderando a Igreja como o Papa”, mas sim sendo aceito de volta entre aqueles apóstolos que não negaram Jesus. Pedro era o “pastor das ovelhas”, assim como os outros apóstolos, não o Papa.
O Concílio de Jerusalém (Atos 15:6-29) contraria totalmente a idéia de que Pedro era Papa e a idéia da supremacia da Igreja de Roma. O Concílio aconteceu em Jerusalém e não em Roma. Mesmo se tivesse sido em Roma, Pedro foi apenas um dos oradores e não o principal orador. Tiago teve mais participação do que Pedro, pois fez por fim uma síntese de todos os discursos, e o seu “julgamento pessoal” (v. 19) do caso. A carta enviada para as igrejas (v. 23 a 29) não faz nenhuma menção a Pedro. Se este era o Papa, o Concílio de Jerusalém em momento nenhum faz referência a sua autoridade.
Fonte: http://www.biblepages.web.surftown.se/eb08b.htm
http://www.biblepages.web.surftown.se/ee01b.htm
http://www.biblepages.web.surftown.se/ea01d.htm
http://www.bible.ca/catholic-infallibility.htm
Com base nesses versículos, católicos dizem que Cristo fundou a Igreja Católica tendo Pedro como Papa.
Apresento abaixo alguns argumentos contra essa idéia, com a visão do Espiritismo para essa passagem bíblica:
1) Na verdade, a palavra grega ekklêsia, traduzida como "igreja", significa "assembléia" ou "congressão", ou seja, uma reunião de indivíduos com o mesmo propósito. Nada a ver com a "Igreja" no sentido de instituição ou a "igreja" no sentido de templo. Nem existia palavra no grego para "igreja" no sentido em que entendemos hoje. Não era dessa Igreja como conhecemos que Jesus falava.
2) Em outro versículo, diz Jesus sobre a sua "Igreja": "Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." (Mateus 18:20). Então, Jesus não falava dessa Igreja com sua hierarquia, seus templos, sua riqueza material, seu poder terreno, e sim de uma assembléia, uma reunião de pessoas reunidas em nome de Jesus, onde ele estaria em espírito. Lá Jesus estará, seja um templo católico, seja um templo protestante, um centro espírita, um centro umbandista, etc.
3) Hoje em dia a Igreja tem uma hierarquia com padres, bispos, cardeais, etc, tendo o Papa como o grande líder e considerado o representante de Jesus na Terra. Mas com Cristo, seus discípulos e nas primeiras comunidades cristãs não tinha nada assim, tanto que Cristo disse: "Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi; porque um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos. E a ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem queirais ser chamados guias; porque um só é o vosso Guia, que é o Cristo." (Mateus 23:8-10).
Só Jesus é líder. Ele não deu a Pedro nenhuma autoridade na Terra e muito menos disse que Pedro teria sucessores. A hierarquia começou com Catolicismo, séculos depois do Cristo. Muito diferente do que acontecia nas "assembléias".
4) "Pois também eu te digo que tu és Pedro(x), e sobre esta pedra(y) edificarei a minha igreja, e as portas do hades não prevalecerão contra ela;": x= o nome de Pedro, petros em Grego, é referência a um específico tipo de pedra ou rocha; y=petra, em Grego, um tipo de rocha sólida, um fundamento firme. Petra se refere a Jesus e não a Pedro, como querem os católicos. No versículo 16, Pedro diz "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.", demonstrando sua fé no Cristo, e sobre essa fé estaria fundamentada a "assembléia" e não sobre a pessoa do Pedro o "Papa".
5) Os seguintes versículos, onde petra aparece como rocha, nos provam que o fundamento daquela assembléia é de fato o Cristo, não Pedro: Lucas 6:47-48; Mateus 7:24-25; Romanos 9:33; 1 Coríntios 10:4.
E Paulo ainda disse, em I Coríntios 3:11 "Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo"
6) Sendo ekklêsia uma "assembléia", claro está que essa promessa não poderia ser só para Pedro mas para os outros seus discípulos, pois "assembléia" é constituida obviamente por várias pessoas.
7) De fato, Jesus faz essa promessa a seus outros discípulos em Mateus 18:18.
8) "dar-te-ei as chaves do reino dos céus": A Igreja entende que Jesus deu a Pedro e seus "sucessores" o direito de abrir e fechar as portas do céu, ou seja, de escolher quem entrará ou não no céu. Gostam de usar isso para "provar" a autoridade dos sacerdotes "escolhidos por Cristo" na Terra. Mas Cristo se referia a Pedro, não seus "sucessores". Fez uma promessa a Pedro e também a outros dos seus discípulos, mas não falou que haveria sucessores em uma instituição humana poderosa com uma hierarquia de poderes terrenos.
9) A palavra "chave" aqui não é, como a Igreja quer, a chave no sentido literal para abrir e fechar a porta do céu, deixando de fora os “infiéis”. A palavra grega é kleis. Greek-English lexicon define kleis como uma metáfora que no Novo Testamento define poder e autoridade de vários tipos. Dizer que um empregado tinha a "chave da casa" era o mesmo que dizer que ele era de confiança para algumas tarefas diárias. Pedro - assim como outros discípulos - não seria um "porteiro do céu", um "guardião celestial". Não, Jesus falava figurativamente. A Pedro e seus outros discípulos Jesus confiaria algumas tarefas específicas no Reino de Deus.
10) A Igreja diz que as "portas do inferno" seriam as "heresias", entre elas, é claro, a reencarnação, e que a "Santa Igreja" não seria vencida por nenhuma delas.Mas não foi isso que Cristo disse. Em primeiro lugar, como demonstrado, Cristo se referia ao grupo de pessoas formado por Pedro e outros discípulos. Pessoas que Cristo escolheu pelo valor espiritual - todos médiuns, inclusive - e não pessoas dentro de uma hierarquia com poderes terrenos.
11) "Portas do Hades"- ou "portas do inferno" - no grego é "pulai hadou". A palavra hadou é substantivo possessivo de hades, que é aqui uma referência ao túmulo. Naqueles tempos, os túmulos dos judeus ficavam em um lugar com portões ou portas pesadas. Vejamos o que disse Paulo nesses versículos: "Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção. Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrito: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? " 1 Coríntios 15 (50-55). A palavra aqui traduzida como "morte" é "hadês", igual em Mateus 16:18. Em ambas as passagens, hadês se refere ao túmulo e a morte em geral. Ao dizer que "as portas do túmulo" não iriam prevalecer contra aquela assembléia, Cristo dizia simplesmente que aquela assembléia venceria a morte, assim como Jesus. Ou seja, Cristo falava da ressurreição, mas a ressurreição espiritual, como nós espíritas entendemos. Aquela que todos nós veremos um dia quando não precisarmos mais vir ao mundo exceto em missão: "Porquanto, quando ressuscitarem dentre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento, mas serão como os anjos que estão nos céus." (Marcos 12:25). A assembléia do Cristo, formada por Pedro e outros escolhidos pelo Cristo, prosseguiria, após o desencarne, no plano espiritual.
12) A palavra grega didômi, “dar”, está usada no tempo futuro, doso. Jesus disse, então, que daria as chaves a Pedro futuramente e não que dava naquele momento. O daria no futuro, no plano espiritual, não em vida.
13) O “ligar e desligar” a que se refere Jesus não foi prometido apenas para Pedro (veja Mateus 18:18) e não seria em vida, mas no plano espiritual. Não foi prometido o poder de decidir infalivelmente as questões religiosas e de abrir e fechar as portas do céu, como o Papa.
14) Emmanuel diz em seu livro "A Caminho da Luz" que Cristo é o Governador Espiritual de nosso planeta. E também lemos na Bíblia Jesus dizer, em Mateus 28:18,: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. " (ou seja, no plano espiritual e no material). E os escolhidos por Cristo, ou seja, a sua "assembléia", trabalham com ele, com a “chave” (a confiança) que Jesus lhes deu.
15) O Cristianismo mais tarde se tornou religião oficial do Império Romano com o Imperador Constantino, o pai do absurdo dogma da Trindade, transformado em regra de fé, e foi se desvirtuando ao longo dos anos. Mas esse é outro longo assunto que não cabe aqui.
16) Pedro não foi o primeiro Papa porque:
16.1) Foi apenas um dos dozes apóstolos (Matheus 10:1-2; Marcos 3:13-19; Lucas. 6:13-16).
16.2) Foi apenas um dos três amigos próximos de Jesus (Mt. 17:1; 26:36-37)
16.3) Negou Jesus 3 vezes (Mt. 26:69-75)
16.4) Era um homem casado (1 Cor. 9:5; Matheus 8:14)
16.5) Foi repreendido por Jesus (João 21:20-22; Mt. 16:23) e por Paulo (Gal. 2:11).
16.6) Nunca aceitou reverência (Atos 10:25-26; Apocalipse 19:10; 22:9)
16.7) Não era superior a outros apóstolos (Mt. 18:18; 2 Cor.11:5;12:11)
16.8) Disse Jesus para os 12 apóstolos, não apenas Pedro: “sentar-vos-eis também vós sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel” (Mateus 19:28)
16.9) A cabeça da Igreja é Jesus e não Pedro (Efésios 1:22-23; Colossenses 1:19)
16.10) Pedro não foi eleito o Vicário de Cristo na Terra (sem referência)
16.11) Pedro nada disse sobre “sucessores”.
16.12) Nem Pedro e nem outro discípulo disseram ser “O Maior no Reino”. Pelo contrário, eram todos iguais (Mt. 18:1-4; 20:20-28)
16.13) Tanto Pedro quanto Paulo se referiam a Jesus como a “pedra”, ou seja, o único fundamento (Atos 4:12; Efésios 2:20)
16.14) Está claro que Pedro e os outros discípulos são apenas os edificadores da “Pedra”, que é Jesus (Atos 4:11-12; Efésios 2:19-20)
16.15) “Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, fortalece teus irmãos. “ (Lucas 22:31-32)
Isso pode ser considerado como prova de que Pedro não é infalível, pois Pedro errou tanto em seu ministério que Paulo o condenou como herético.
16.16) “Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu- lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeirinhos. Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas. Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez: Amas- me? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas “ (João 21:15-17).
Isso de forma alguma prova que Pedro é Papa. Jesus estava revertendo as três negativas de Pedro com três confissões de fé. Três vezes Pedro negou Jesus, três vezes foi pedido a Pedro que proclamasse seu amor a Jesus, A ênfase aqui não é em Pedro “liderando a Igreja como o Papa”, mas sim sendo aceito de volta entre aqueles apóstolos que não negaram Jesus. Pedro era o “pastor das ovelhas”, assim como os outros apóstolos, não o Papa.
O Concílio de Jerusalém (Atos 15:6-29) contraria totalmente a idéia de que Pedro era Papa e a idéia da supremacia da Igreja de Roma. O Concílio aconteceu em Jerusalém e não em Roma. Mesmo se tivesse sido em Roma, Pedro foi apenas um dos oradores e não o principal orador. Tiago teve mais participação do que Pedro, pois fez por fim uma síntese de todos os discursos, e o seu “julgamento pessoal” (v. 19) do caso. A carta enviada para as igrejas (v. 23 a 29) não faz nenhuma menção a Pedro. Se este era o Papa, o Concílio de Jerusalém em momento nenhum faz referência a sua autoridade.
Fonte: http://www.biblepages.web.surftown.se/eb08b.htm
http://www.biblepages.web.surftown.se/ee01b.htm
http://www.biblepages.web.surftown.se/ea01d.htm
http://www.bible.ca/catholic-infallibility.htm
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