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quinta-feira, 7 de junho de 2018

POR QUE, SOMENTE QUATRO EVANGELHOS?

POR QUE, SOMENTE QUATRO EVANGELHOS?O que são os evangelhos? Por que existem quatro?

Os evangelhos são relatos da vida de Jesus, escritos pelos apóstolos ou pessoas próximas dos apóstolos. Existem quatro evangelhos na Bíblia, cada um contando a história de Jesus de uma perspetiva um pouco diferente. Os evangelhos nos mostram quem Jesus é e por que ele é importante.
Durante seu tempo na terra, Jesus não escreveu nada sobre sua vida nem sobre seus ensinamentos. Mas depois que ele subiu ao Céu, os discípulos de Jesus começaram a registrar o que tinham visto e ouvido por escrito. Foi assim que surgiram os quatro evangelhos.
Evangelho significa “boa notícia”. O propósito dos quatro evangelhos e contar a boa notícia sobre Jesus, o Salvador do mundo (Marcos 1:1). Como cada um foi escrito por uma pessoa diferente, cada evangelho apresenta Jesus de uma perspetiva diferente, mas sem contradizer uns aos outros. Todos os evangelhos relatam a morte e ressurreição de Jesus.
Os quatro evangelhos são:

Mateus

Mateus foi um dos 12 apóstolos, que acompanhou o ministério de Jesus de perto. Em seu evangelho, Mateus mostrou como Jesus cumpriu as profecias do Antigo Testamento sobre o Messias, o Salvador prometido. Ele também registrou vários dos ensinamentos morais de Jesus, incluíndo o famoso sermão do monte.

Marcos

Marcos foi um companheiro dos apóstolos Pedro e Paulo. Ele provavelmente escreveu seu evangelho a partir de tudo que ouviu de Pedro. O evangelho de Marcos foca principalmente nas ações de Jesus e seu poder para realizar milagres.

Lucas

Lucas era um médico, amigo de Paulo. Ele escreveu seu evangelho para um senhor chamado Teófilo. O objetivo de Lucas era escrever um relato digno de confiança. Por isso, ele pesquisou tudo com cuidado e rigor, procurando fontes seguras (Lucas 1:3-4). O evangelho de Lucas contém vários detalhes sobre a família e as origens de Jesus.

João

João foi outro apóstolo e um dos amigos mais próximos de Jesus. Seu evangelho é bastante diferente dos outros três porque procura contar outras partes da vida de Jesus, talvez menos conhecidas. João escreveu seu evangelho com o objetivo de ajudar as pessoas a crerem em Jesus (João 20:31).

Somente foram escritos quatro evangelhos?

Não, vários evangelhos foram escritos ao longo do tempo. No entanto, somente os quatro que estão na Bíblia são dignos de confiança. Os outros relatos da vida de Jesus são conhecidos como os evangelhos apócrifos.
Os quatro evangelhos na Bíblia foram escritos por pessoas que eram muito próximos de Jesus e/ou que tiveram acesso direto a pessoas próximas de Jesus. Os outros evangelhos, que surgiram mais tarde, foram escritos por pessoas que não conheceram Jesus nem os apóstolos. Esses evangelhos apenas relatam lendas e rumores, não testemunhos oculares.
Os evangelhos apócrifos também são diferentes porque são muito mais fantasiosos, foram escritos até alguns séculos mais tarde e incluem muitos erros e contradições. Por outro lado, es quatro evangelhos na Bíblia não contradizem uns aos outros e não têm grandes erros históricos. Já na igreja primitiva somente esses quatro evangelhos eram considerados autênticos e possíveis de comprovar.

CHICO XAVIER E A HÓSTIA CATÓLICA

CHICO XAVIER FALA SOBRE A HÓSTIA CATÓLICA

DISSE CHICO XAVIER: “Em nossa infância, e na primeira juventude, frequentava a Igreja Católica com o mesmo respeito com que nos dirigimos hoje a uma reunião espírita cristã, e sempre sentimos, reconhecemos, dentro da Igreja Católica, prodígios de espiritualidade inimagináveis.

Muitas vezes, principalmente nas missas da manhã, quando era possível a comunhão de vibrações espirituais de todos os crentes numa só faixa de espiritualidade e de fé em Jesus, tivemos oportunidade de ver espíritos santificados que abençoavam as hóstias, e elas se transformavam como se fossem flores de luz, que o sacerdote oferecia na mesa da comunhão.

Muitas vezes, principalmente no altar daquela que nós veneramos como sendo a nossa Mãe Santíssima, vimos irradiações de luz que alcançavam toda a assembléia, do altar consagrado a Santa Teresinha de Lisieux, muitas vezes vi repartirem rosas trazidas por criaturas desencarnadas, amigos e amigas católicos da cidade de Pedro Leopoldo, sem que eu pudesse explicar o fenômeno.”

Chico conta, ainda, que as hóstias iluminadas, quando recebidas por pessoas de fé, não se apagavam ao serem ingeridas por elas, sendo absorvidas, de preferência, pelos órgãos que estivessem atacados por alguma enfermidade. Por outro lado, nas pessoas que comungavam sem fé, as hóstias se obscureciam, assim que lhes tocavam os lábios.

O QUE OS CATÓLICOS COMEMORAM NO FERIANO DE CORPUS CHRISTI?
Segundo narração católica, uma garota chamada Juliana nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint Martin. Com 14 anos, entrou para o convento das agostinianas em Mont Cornillon, na periferia de Liège. Com 17 anos, começou a ter 'visões'. O Papa Urbano recebeu o segredo das visões da freira. Uma das visões foi interpretada como sendo a ausência de uma festa eucarística no calendário litúrgico para agradecer o sacramento da Eucaristia. Então, a festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula 'Transiturus' de 11 de agosto de 1264, 6 anos após a morte da irmã em 1258, com 66 anos. Juliana foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII. E a festa era para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. O Papa Urbano tornou mundial a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer. Nesta data os católicos comemoram a presença real de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia.

Mas, o que é Eucaristia? Eucaristia é uma palavra grega, cujo significado é "reconhecimento", "ação de graças", é uma celebração em memória da morte sacrificial e ressurreição de Jesus Cristo. Também é denominada "comunhão", "ceia do Senhor". É um ritual que reproduz a última ceia, onde Jesus disse: "Este é o meu corpo . . . isto é o meu sangue . . . fazei isto em memória de mim", com o intenção de promover a comunhão (comum-união) entre os católicos e Jesus. A hóstia, acreditam eles, ser o próprio corpo do Cristo (Corpus Christi em latim), e o vinho o sangue.
Mas, os protestantes da Reforma de Lutero, negavam a presença real de Cristo na Eucaristia. Por isso, o catolicismo fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística nas ruas das cidades, como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia. Tornou-se, então, uma disputa entre católicos e protestantes. Por isso, vemos os católicos enfeitarem as ruas nesta data.

Então
, o que significa, para os espíritas, a frase: "Este é o meu corpo . . . isto é o meu sangue . . . fazei isto em memória de mim"? 
Jesus, na última refeição que fez com os apóstolos, tomou de um pão, deu graças e repartiu entre eles, dizendo ser (simbolicamente) o "seu corpo" (o corpo da sua doutrina: o pão espiritual) oferecido para eles. Da mesma maneira Jesus fez com o cálice de vinho, dizendo ser (simbolicamente) seu sangue (o sacrifício que ele se submeteria para beneficiá-los). E pediu:"façam isto em memória de mim."
Para nós espíritas, Jesus pediu para que os apóstolos (do cristianismo), em qualquer época, de qualquer religião,compartilhassem uns com os outros o pão de cada dia, seja o pão de trigo, seja o pão do espírito, o pão da dor ou da alegria. Enfim, que doassem e se doassem, com sacrifício, derramando sangue, se preciso fosse, assim como ele fez por nós. Ele fez este pedido porque sabia que sua doutrina (o cristianismo) não seria de fácil aceitação, por isso concluiu: "se me perseguiram, também perseguirão a vós outros."Tanto que seus apóstolos foram perseguidos e mortos barbaramente. Exemplo: Pedro, foi crucificado de cabeça para baixo; os cristãos novos morreram nas arenas comidos por leões.
E Jesus conclui pedindo que fizessem isto em memória dele, ou seja, para que seus ensinamentos não ficassem esquecidos.
O que podemos fazer para que os ensinamentos cristãos não fiquem esquecidos?
Ressuscitando Jesus em nossas atitudes e palavras e não apenas reproduzindo seus gestos e palavras. "A fé sem obras é morta."CHICO XAVIER E A HOSTIA CATÓLICA

POR QUE O ESPIRITISMO DEMOROU A SURGIR?

POR QUE O ESPIRITISMO DEMOROU A SURGIR?

Perguntam sempre  porque só recentemente surgiu o que para nós é a III Revelação, o  Consolador    prometido e os cristãos "ficaram enganados durante séculos" . 
É só olharmos a História do Cristianismo. As   trevas que se abateram  sobre a Humanidade durante a longa noite da Idade Média, impediram toda e qualquer manifestação do pensamento. A Igreja se considerava  a única depositária e fiel intérprete  da Verdade e, em nome dessa "verdade", perseguiu implacavelmente todos que ousavam pensar com independência. Na verdade, nem precisava pensar, bastava uma denúncia anônima, de familiares ou até mesmo de crianças, para atirar multidões às masmorras  do "Santo Ofício", ou aos tribunais da "Santa Inquisição". Tudo, obviamente,  "para a maior glória de Deus"  e em nome daquele que veio ao mundo para ensinar aos homens uma lição de amor e de misericórdia..
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Do livro "Porque Sou Espírita" , de Américo Domingos:
  "Como seria importante que a hodierna Igreja Católica respeitasse e aceitasse o pensamento daqueles  prelados de antanho. Na realidade, atacando veementemente aos 'heréticos'  espíritas de hoje, estão os sacerdotes do Clero rememorando o execrável tempo da Inquisição, de triste memória.
     'Em fins  de 1481, só em Sevilha, perto de trezentas pessoas tinham padecido o suplício do fogo, e oitenta haviam sido condenadas a cárcere perpétuo. No resto da província e no bispado de Cádiz, duas mil foram, nesse ano, entregues às chamas, e dezessete mil condenadas a diversas penas canônicas. Entre os supliciados contavam-se pessoas opulentas cujos bens reverteram em benefício do fisco. Para facilitar as execuções, construiu-se em Sevilha um cadafalso de cantaria, onde os cristãos novos eram metidos, lançando-se-lhes depois ao fogo. Este horrível  monumento, que existiu até os começos do século XVIII, era conhecido pela expressiva denominação do 'Quemadero'  (Afinal,  Quem Somos?, Edicel, pg 116)
      'Em Sevilha, onde mais prosperou, centro que foi da Inquisição espanhola, chegaram-se a revezar turmas de operários para manter aceso o 'Quemadero', ao qual se ateava fogo continuamente para queimar centenas de pessoas de uma só vez, nos intermináveis 'autos-de-fé'  que celebrizaram Torquemada, o  mais sinistro dos inquisidores.
     'A obra do fanatismo inquisitorial  era terrível  aí, porque, além de perverter a consciência e sufocar o remorso, matava os últimos escrúpulos que permaneciam encobertos pelo beatismo. (ibidem, pg. 106)
      'No século XV a oposição sempre viva no seio da Igreja contra o primado do bispo de Roma, culminou com o estabelecimento de outro papa em Avinhão. E, para maior glória da Igreja, foi ferozmente reorganizada a primitiva Inquisição para combater mais extensamente os hereges'. Seus arquivos, só em Portugal, contam mais de 40.000 processos, 'testemunho de cenas medonhas', de atrocidades sem exemplo, de longas agonias'. (ibidem, pgs. 116 e 117)
     "A 15 de abril de 1506 - domingo - após as preces públicas contra a peste que inçava Lisboa e terminada a Procissão de Penitência, inicia-se, fomentado pelo clero, o maior massacre que houve em Portugal - a matança dos cristãos novos - os quais nada mais eram que judeus convertidos obrigatoriamente.
     'Não escapou, sequer, da sanha inquisitorial, os que foram se abrigar nas Igrejas, abraçados às imagens dos santos: as 'feras', atiçadas pelos representantes do clero, estimuladas pela onda de ferocidade do tribunal de Torquemada, iam ali arrancá-los e matá-los, sem distinção de sexo e idade. Só à tarde de terça-feira, quando já dominada a revolta, averiguou-se que além dos estropiados, tinham sido assassinadas mais de 2.000 pessoas....
    'A Inquisição na América Latina foi menos sanguinária do que nas metrópoles  européias. Em compensação,  demonstrou-se cúpida e voraz, pois havia aqui maiores riquezas a confiscar, mais ouro a extorquir, seja para a glória da Igreja e dos Estados, seja para a própria bolsa particular dos inquisidores. (ibidem, pg. 117)
    'Estímulo à  delação, à  espionagem, à corrupção mora e política, empobrecimento de famílias inteiras, criação de um ambiente de temor e permanente suspeição, atraso da cultura, intimidada pela presença esmagadora do Tribunal do Santo Ofício, responsável em grande parte pela acentuação do domínio temporal e espiritual das metrópoles, eis o balanço da obra da 'Santa Inquisição', em vários séculos da história'  (ibidem, pgs. 119  e 120)
    Os cientistas também foram perseguidos pelo Clero: 'Apesar de todas as precauções que tomou para não irritar o Santo Ofício, o velho e ilustre Galileu foi obrigado a comparecer perante uma comissão de oito cardeais, presidida pelo papa Urbano VIII, onde se viu constrangido a pronunciar, de joelhos, a fórmula seguinte: "Eu Galileu Galilei, com setenta anos de idade, como prisioneiro da 'Santa Inquisição'  e ajoelhado diante de Vossas Eminências, tendo sob os olhos os Santos Evangelhos e tocando-os com as minhas próprias mãos, abjuro, maldigo e detesto o erro e a heresia do movimento da Terra'.
    'Sabemos que lhe custou todos os sacrifícios,  inclusive o da liberdade, quando revoltado, num assomo de coragem, gritou ao regressar ao calabouço: 'E pur si muove'.
    'Outro exemplo interessante: Jerônimo de Praga, sacerdote, físico e grande sábio, teve o arrojo de afirmar, em uma das suas obras, a pluralidade das vidas e dos mundos habitados. Fora condenado à fogueira  pelo Concílio de Constança, que se iniciou no ano 1414 e foi até 1418, pois havia três papas irregularmente eleitos, daí a demora da condenação: Gregório XII, Benedito XIII e João XXIII que se tratavam reciprocamente de heréticos e que se excomungavam entre  si. Entretanto, anos depois, o cardeal Nicolau de Cuza sustenta, em pleno Vaticano, a pluralidade das vidas e dos mundos habitados, com assentimento do papa Eugênio IV.
      'A Idade Média também é povoada de espectros, que as fogueiras não intimidam. Rogério Bacon, acusado de magia e de ter pacto com o demônio, por afirmar que 'ouvia vozes dos espíritos', passa quarenta anos na prisão.
       'Joanna d'Arc foi condenada à fogueira por ouvir vozes misteriosas que a incitaram a libertar a França. (ibidem, pg. 121).
       'A multidão insulta-a como apóstata, da mesma maneira que insultara a Jesus como blasfemo! As chamas lhe envolvem e lambem  corpo virginal. 'Meu Deus, Jesus, Maria, minhas vozes! Sim, minhas vozes eram de Deus!' Foram suas últimas palavras.
        Também não escapa da sanha inquisitorial, uma das figuras mais brilhantes do Renascimento, o próprio Giordano Bruno. Pelo fato de acreditar na comunicação dos espíritos, sofre idêntico castigo de Joanna d'Arc: é queimado vivo" (ibidem, pg. 122)" 
Léon Denis, em "Cristianismo e Espiritismo": 
   "A Igreja, pelo órgão dos concílios, entendeu dever condenar as práticas espíritas, quando, de democrática e popular que era em sua origem, se tornou despótica e autoritária. Quis ser a única a possuir o privilégio das comunicações ocultas e o direito de as interpretar. Todos os leigos, provado que mantinham relação com os mortos, foram perseguidos como feiticeiros e queimados.
    Mas esse monopólio das relações  com o mundo invisível, apesar dos seus julgamentos e condenações, apesar das execuções em massa, a Igreja nunca o pôde obter. Ao contrário, a partir deste momento, as mais brilhantes manifestações se produzem fora dela. A fonte das superiores inspirações, fechada para os eclesiásticos, permanece aberta para os hereges. A História o atesta. Aí estão as vozes de Joanna D'arc, os gênios familiares de Tasso e de Jerônimo Cardan, os fenômenos macabros da Idade Média, produzidos por espíritos de categoria inferior; os convulsionários de S. Medard, depois os pequenos profetas inspirados de Cavennes, Swedenborg e sua escola. Mil outros fatos ainda formam uma ininterrupta cadeia, que, desde as manifestações na mais remota antiguidade, nos conduz ao moderno Espiritualismo.
  Entretanto, numa época recente, no seio da Igreja, alguns raros pensadores investigavam ainda o problema do invisível. Sob o título "Da distinção dos Espíritos", o cardeal Bona, esse Fenelon da Itália, consagrava uma obra ao estudo das diversas categorias de Espíritos que podem manifestar-se aos homens. 
  'Motivo de estranheza, diz ele, é que se pudessem encontrar homens de bom senso que tenham ousado negar em absoluto as aparições e comunicações das almas com os vivos, ou atribuí-las a extravio da imaginação, ou ainda a artifício dos demônios". 
  Esse cardeal não previa os anátemas dos padres católicos contra o Espiritismo. 
  Forçoso é, portanto, reconhecê-lo: os dignatários da Igreja que, do alto de sua cátedra, têm anatematizado as práticas espíritas, desnortearam completamente. Não compreendem que as manifestações das almas são uma das bases do Cristianismo, que o movimento espírita é a reprodução do movimento cristão em sua origem. Não se lembram de que negar a comunicação com os mortos, ou mesmo atribuí-las à intervenção dos demônios, é pôr-se em contradição com os padres da Igreja e com os próprios apóstolos. Já  os sacerdotes de Jerusalém acusavam Jesus de agir sob a influência de Belzebu. A teoria do demônio fez sua época; agora já não é admissível." 
Vemos ainda o que diz um teólogo protestante sobre esse período terrível: 
"A crença do povo era de temor, como nas religiões pagãs que o Cristianismo destronara. Pensava-se que o mundo era cheio de maus espíritos, de demônios, cuja obra era destruir as almas. Para anular a obra dos demônios, apelava-se para a interseção dos santos, e para as virtudes mágicas das santas relíquias(...) À primeira vista parece incrível  que o Cristianismo chegasse a tal ponto, apresentasse tal caricatura das suas belas doutrinas, e ficasse tão longe daquela simplicidade de Jesus"(R.H NICHOLS, em "História da Igreja Cristã". Casa Edit. Presbiteriana, 1978, pg. 76) 
"O Cristianismo de quase todo o povo da Idade Média era essencialmente a religião do temor. A Igreja mantinha seus filhos em submissão, conservando bem vivo em todas as pessoas o medo do seu poder sobre a vida, aqui e além-túmulo. (...) Isso obrigava  a totalidade das massas a tomar parte nas observâncias religiosas e obedecer aos preceitos morais da religião,  não por amor e confiança em Deus,  porém pelo terror inspirado pela idéia ou lembrança das conseqüências  de outra atitude"  (ibd, pg. 120) (As últimas palavras são um eufemismo, para mascarar o "pavor do inferno", que ainda hoje persiste). 
   E não se pense que os valorosos reformadores  do Século XVI estiveram isentos desse radicalismo. Pretenderam  restaurar o Cristianismo do Cristo e o que fizeram  foi eliminar alguns dogmas. Substituíram a infalibilidade do Papa (sancionada em 1870,  mas já então aceita) pela infalibilidade da Bíblia, porém conservaram a mesma intolerância dos seus  predecessores. Prova-o o apoio de Lutero ao esmagamento da revolta dos camponeses alemães, em 1525, e a participação de Calvino no assassinato de Miguel Servet, em 1553. Vejamos como se expressam a respeito dois historiadores protestantes: 
"De início Lutero procurou ver  as injustiças de ambos os lados. Mas quando a revolta mal dirigida caiu em excessos  maiores e pareceu fazer-se anarquista, voltou-se contra os camponeses com um violento panfleto "Contra a corja de Camponeses Assassinos e Ladrões", exigindo que os príncipes os esmagassem pela força. A insurreição camponesa foi marcada por espantosa carnificina" (W. Walker em "História da Igreja Cristã", pg 433)
"A parte de Calvino na execução de Servet, médico espanhol, por motivo de heresia, tem contribuído para que muitas pessoas deixem de fazer justiça à grande obra desse Reformador. Por negar a doutrina da Trindade, Servet foi condenado à fogueira, sendo Calvino um dos juízes que o condenaram. Como quase todas as pessoas do seu tempo, Calvino herdou da Idade Média a crença de que a heresia devia ser punida com a morte. Trairíamos a nossa consciência cristã se deixássemos de condenar com todas as forças o ato de Calvino neste caso. Todavia,  devemos  nos lembrar de que naquele tempo sua atitude foi geralmente aprovada em Genebra e pelos protestantes de quase toda parte"(R.H NICHOLS, op. cit., pg. 166) 
  A lição  de intolerância foi bem aproveitada pelos seguidores, pois o mesmo Nichols, falando dos anabatistas, assinala: 
"A Igreja Romana, naturalmente, perseguiu-os de modo brutal. E até os luteranos e zuinglianos os perseguiram por sua rejeição ao batismo infantil e oposição às igrejas oficiais. Na Dieta de Spira, em 1529, enquanto os luteranos e zuinglianos protestavam contra a perseguição que se lhes movia, concordavam em que se perseguissem os anabatistas,  alguns dos quais sofreram morte às mãos de vários protestantes". (ibd pg 182) 
  Mas das trevas da Idade Média não surgiu somente a Reforma. Num trabalho lento e progressivo, a Renascença libertou o espírito humano dos grilhões que o aprisionavam. O homem procurou avançar em conhecimento, começou a investigar os mistérios da existência.
   Tudo isso explica porque somente  em época relativamente recente os fatos que a Ciência rotula hoje de "paranormais" encontraram ambiente  propício à sua manifestação e divulgação. Na Idade Média os sensitivos eram acusados de feitiçaria e frequentemente levados  à morte pelas cortes inquisitoriais. A emancipação do espírito  não se fez de imediato, e nem se pode afirmar que tenha terminado ainda. Os ranços da intolerância religiosa ainda se fazem sentir por toda parte. Mas o Pai Celestial vela pelos destinos dos homens e de vez em quando - sempre que lhe parece oportuno - permite  o despontar de novas verdades,  ou melhor,de novos aspectos da Verdade.
    Mas, pergunta-se: "Se as comunicações  do mundo espiritual ocorreram em todos os tempos e entre todos os povos, por que precisamente os verificados em meados do século XIX tiveram repercussão tão ampla, ao ponto de ensejarem o aparecimento  de uma nova concepção do Cristianismo" ?
   Por vários motivos: 1 - Era preciso que a Humanidade  estivesse emancipada da opressão religiosa, ou seja, com liberdade para investigar livremente e adotar cada um  o ponto de vista que melhor lhe aprouvesse; 2 - Era necessário que o desenvolvimento intelectual  atingisse um nível em que se pudesse analisar os fatos sob critério estritamente racionais; e 3 - Impunha-se que os órgãos  de divulgação se expandissem ao ponto de tornar possível a ampla repercussão de quaisquer acontecimentos.
     Tudo isso se tornou viável no século XIX. O arejamento das idéias produzido pela Renascença libertou o pensamento das amarras medievais, fazendo surgir novos conceitos filosóficos,  ensejando o repúdio aos dogmas e até orientando dialeticamente o espírito humano para rumos materialistas, pelas vias do positivismo de Comte. Está aí bem clara  a oportunidade para uma salutar revisão nas bases do Cristianismo.
    A Ciência também  se emancipou com as teorias evolucionistas de Laplace e Darwin e procurou rumos próprios, colocando-se em posição antagônica à da teologia ortodoxa. Eis aí ainda mais indubitável a premência de um reajuste conceptual que ensejasse a conciliação das idéias em choque.
     Finalmente, a expansão do livro e da imprensa, dos meios de comunicação,  a eclosão da era industrial, o desenvolvimento da educação, todos esses fatores concorreram  para vulgarizar a cultura, disseminando conhecimentos que eram anteriormente privilégio de uma elite. Eis a terceira justificativa da adequação da mensagem espiritual a um mundo que já amadurecia intelectualmente para receber ensinamentos mais completos.
    Assim, surgiu  o Espiritismo,  retornando ao Cristianismo  primitivo, sem os dogmas e abusos humanos que o macularam ao longo dos séculos, com as verdades sobre a vida espiritual, e, principalmente, ensinando que a reforma íntima está acima de qualquer credo religioso. O próprio Cristo disse que seus ensinos seriam esquecidos e para isso enviaria o Consolador. E não foi isso o que aconteceu ? Não esqueceram seus ensinos a ponto dos ditos cristãos terem a mesma intolerância religiosa dos fariseus dos tempos do Cristo, pregando a crença em um Jesus Salvador  acima do amor ao próximo,  a ponto de chamar o Espiritismo, que ensina somente o bem, de Doutrina satânica, simplesmente por não pregar dogmas sem nenhum resultado prático, ensinos que não fazem ninguém se tornar um ser humano melhor? O Mestre conhecia e conhece bem os homens - não fosse Ele um Espírito Puro que convive com o Pai de toda a eternidade. Consequentemente já sabia que a Sua mensagem ficaria esquecida nos desvãos da vaidade humana. Mensagem que os Bons Espíritos, enviados por Cristo, vem relembrar.
         Se a Humanidade ficou por quase dois mil anos à margem desses ensinamentos, eis que é chegada a plenitude dos tempos, uma vez que o manifesto descompasso entre o progresso científico e o moral, entre o saber e a virtude, trouxe-nos a um momento crucial, em que não é mais possível fazer ouvidos de mercador aos preceitos do Cristo. Grande é a responsabilidade perante o Tribunal Divino daqueles que exerceram a função de condutores dos povos, ou de mentores espirituais de massas e não souberam ou não quiseram transmitir as divinas verdades de que se diziam portadores. Maior ainda é a responsabilidade daqueles que - conhecendo as tarefas que lhes cabe agora desempenhar - esquivando-se ao dever de transmitir aos homens a mensagem da salvação. Salvação, esta sim, com o sentido de libertação da ignorância, dos vícios, das paixões e dos preconceitos. Porque Jesus afirmou e não é demais repetir: "Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará"  (João 8:32) 
Fonte: "O Espiritismo e as Igrejas Reformadas", Jayme Andrade.

A EUCARISTIA PARA O ESPIRITISMO

A Eucaristia para o Espiritismo

O QUE SE COMEMORA NO FERIADO DE CORPUS CHRISTI? 
Como começou a comemoração de Corpus Christi? Segundo narração católica, uma garota chamada Juliana nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint Martin. Com 14 anos, entrou para o convento das agostinianas em Mont Cornillon, na periferia de Liège. Com 17 anos, começou a ter 'visões'. O Papa Urbano recebeu o segredo das visões da freira. Uma das visões, retratava um disco lunar dentro do qual havia uma parte escura. Isto foi interpretado como sendo uma ausência de uma festa eucarística no calendário litúrgico para agradecer o sacramento da Eucaristia. Então, a festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula 'Transiturus' de 11 de agosto de 1264, 6 anos após a morte da irmã em 1258, com 66 anos. Juliana foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII. E a festa era para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. O Papa Urbano tornou mundial a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer. Nesta data os católicos comemoram a presença real de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia. Mas, o que é Eucaristia?Eucaristia é uma palavra grega, cujo significado é "reconhecimento", "ação de graças", é uma celebração em memória da morte sacrificial e ressurreição de Jesus Cristo. Também é denominada "comunhão", "ceia do Senhor". É um ritual que reproduz a última ceia, onde Jesus disse: "Este é o meu corpo . . . isto é o meu sangue . . . fazei isto em memória de mim", com o intenção da comunhão (comum-união) entre os católicos e Jesus. A hóstia, acreditam eles, ser o próprio corpo do Cristo (Corpus Christi em latim), e o vinho o sangue. 
Mas, os protestantes da Reforma de Lutero, negavam a presença real de Cristo na Eucaristia. Por isso, o catolicismo fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística nas ruas das cidades, como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia. Tornou-se, então, uma disputa entre católicos e protestantes. 
Então, o que significa, para os espíritas, a frase: "Este é o meu corpo . . . isto é o meu sangue . . . fazei isto em memória de mim"? Jesus, na última refeição que fez com os apóstolos, tomou de um pão, deu graças e repartiu entre eles, dizendo ser (simbolicamente) o "seu corpo", oferecido por eles. Da mesma maneira Jesus fez com o cálice de vinho, dizendo ser (simbolicamente) seu sangue, que também seria derramado para beneficia-los. E pediu: "façam isto em memória de mim." 
Para nós espíritas, Jesus pediu para que os apóstolos (do cristianismo) compartilhassem uns com os outros o pão de cada dia, seja o pão de trigo, seja o pão do espírito, o pão da dor ou da alegria. Enfim, que doassem e se doassem, derramando sangue, se preciso fosse, assim como ele fez por nós. Ele fez este pedido porque sabia que sua doutrina não seria de fácil aceitação, por isso concluiu:"se me perseguiram, também perseguirão a vós outros." Tanto que seus apóstolos foram perseguidos e mortos barbaramente. Exemplo: Pedro, foi crucificado de cabeça para baixo. E os cristãos novos morreram nas arenas comidos por leões. E Jesus conclui pedindo que fizessem isto em memória dele, ou seja, para que seus ensinamentos não ficassem esquecidos.   
O que devemos observar é que não devemos levar tudo que Jesus falou ao pé da letra. Vejamos como exemplo esta outra passagem onde Ele disse: "Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede." Se levarmos ao pé da letra, muitos cometerão suicídio, acreditando que irá até Jesus para não sentir mais fome. O que seria um absurdo. E os que creem Nele se perguntam "por que ainda sentem sede." Mas o que Jesus quis dizer é que seus ensinamentos é o pão que alimenta nossa alma. E aquele que buscá-los, nunca mais terá fome e sede, porque esta fonte, farta, pura e cristalina de seus ensinamentos, nos oferece uma perspectiva de vida mais nobre, bela e digna, marcada pelos valores do Bem e da Virtude. 
Então perguntemos: "Mas, por que há uma busca em igrejas e templos religiosos do pão que sacia a fome e da água que sacia a sede, mas muitos continuam sedentos?" Porque falta-nos a iniciativa de vivencia-las. Pois, isso pede algumas mudanças drásticas em nossa vida, que nem sempre estamos dispostos a efetuar. Por exemplo: perdoar, superar as ambições, eliminar os vícios, combater os impulsos agressivos, ajudar o semelhante . . . Porque como disse André Luiz: “O semelhante é a ponte que nos leva à Deus.” Mas, ainda há os que acreditam agradar Deus e Jesus como no tempo de Moisés: com rituais, oferendas, trocas, barganhas, sacrifícios de corpos e dispensar algumas horas no templo religioso. Respeitamos tais procedimentos de outras religiões, mas precisamos mostrar a visão espírita sobre o assunto. Nós espíritas, não adotamos rituais. Acreditamos que o sacrifício que devemos fazer é o de alma. Por isso, não basta reconhecermos o sacrifício de Jesus ou ensenar seus gestos como se fosse um teatro. Temos que vivenciar seus ensinamentos nas palavras e atos, o que é muito mais difícil. Por isso, o Espiritismo enfatiza a necessidade da Reforma Íntima. 

A ORIGEM DA BÍBLIA

A Origem da Bíblia

Será que a Bíblia sempre diz a verdade? Quem escreveu e quem definiu quais livros fariam parte dela? Que segurança temos de que a Bíblia que se encontra em nossas mãos hoje, com começo, meio e fim, é a completa Palavra de Deus?
A Bíblia que temos hoje é um livro único e completo, porém, para quem não sabe, ela é formada por vários livros que foram escritos e colecionados ao logo da história. Mas a questão é: quem escreveu, colecionou e definiu quais seriam estes livros?

A inspiração da Bíblia

Bom, para saber mais sobre todo este processo, precisamos começar falando sobre a inspiração divina das Escrituras. Deus, o autor da Bíblia (Js 24.26), se revelou de forma especial para alguns homens durante a história (Hb 1.1, At 3.21), e os inspirou a escrever o conteúdo bíblico (Dn 9.2,9-10, Is 30.8).
Toda a Bíblia é inspirada por Deus (2Tm 3.16). Mas isso não significa dizer que Deus a ditou, palavra por palavra. Afinal, pela variedade de gênero, estilo e vocabulário, percebemos que, durante a escrita, os autores humanos mantiveram sua personalidade (Lc 1.1-4, 1Co 7.12).
Todavia, de forma alguma, os escritores se utilizaram de ideias, conceitos ou opniões próprias, mas foram inspirados, ou seja, movidos pelo Espírito Santo (2Pe 1.20-21), para utilizarem palavras aprovadas por Deus (2Sm 23.2, Dt 4.2).
Deus guiou e supervisionou os escritores da Bíblia, para que eles, dentro de suas limitações e circunstâncias, compusessem e registrassem, sem erros, a mensagem do Criador para a sua criação (1Co 2.13).

A formação da Bíblia

Mas, se os povos antigos não sabiam qual seria o desfecho da história bíblica e não conheciam a Bíblia como nós conhecemos hoje (Ef 3.5-6), como eles poderiam definir quais livros fariam parte dela ou não?
Bom, este processo é conhecido como a formação do cânon sagrado. E, como não poderia ser diferente, contou com a providência divina em recrutar homens conscientes e piedosos para identificar e preservar os livros inspirados (2Rs 23.24, Ne 8.8, 2Cr 17.9).

| 1. O Antigo Testamento

No Antigo Testamento, por exemplo, após a redação de um texto inspirado por parte dos profetas (1Sm 10.25), o povo de Deus reconhecia nessa obra a autoridade divina (Êx 24.3), e colecionava este conteúdo como literatura sagrada (2Cr 34.30, Dt 31.24-26).
E mesmo antes de apresentar sinais de desgaste, em virtude dos materiais que eram utilizados, como plantas ou peles de animais, o conteúdo era preservado através de cópias, feitas com extremo cuidado, pelos escribas (Ed 7.6).
Por volta de 400 a.C., todos os livros do Antigo Testamento já haviam sido escritos, categorizados e agrupados segundo suas características em comum, formando o cânon hebraico.

| 2. O período Interbíblico

Depois disso, houve um período de 400 anos entre o Antigo e o Novo Testamento, onde vários outros livros foram escritos. Dentre eles, os livros apócrifos ou deuterocanônicos, que tem sua inspiração divina rejeitada pelos judeus e cristãos protestantes, mas aceita pelos católicos.
Apesar de serem historicamente autênticos e, inclusive, terem feito parte da Septuaginta (LXX), que foi a tradução do Antigo Testamento para o grego, estes livros não fazem parte da Bíblia hebraica, pois não tiveram sua inspiração divina reconhecida pelos judeus.
Verdade é que, por questões históricas e metodológicas, a igreja católica incluiu estes livros em seu cânon sagrado, enquanto os protestantes permaneceram com o mesmo conteúdo do cânon hebraico.

| 3. O Novo Testamento

Já no caso da formação do Novo Testamento, o processo foi um pouco mais complexo do que no Antigo, pois a revelação divina se expandiu por diversos povos em diferentes regiões (At 1.8), e já não havia um povo, zeloso como os judeus (Rm 10.1-2), que fosse responsável por colecionar estes livros.
Contudo, algo que facilitou a identificação do conteúdo inspirado do Novo Testamento, foi que, durante a maior parte deste processo, aqueles que receberam autoridade divina (Mt 28.18-20, Ef 2.20) e foram testemunhas oculares da vida e da ressurreição de Cristo (At 10.39-41), estavam vivos.
E foi, principalmente por recomendação dos apóstolos (1Co 11.2, Fp 3.1-2, 2Pe 2.1) que, desde o princípio, os cristãos tinham a preocupação em identificar, reunir e preservar os escritos inspirados (Cl 4.16, 2Pe 3.1-2), que, inclusive, serviam como base doutrinária para as igrejas (1Ts 2.13, 1Co 14.37).
Afinal, diversos ensinamentos falsos a respeito de Jesus Cristo, começaram a circular na época (2Ts 2.1-2, 2Co 11.4). Exigindo que os cristãos fossem extremamente cautelosos ao receber ensinamentos e doutrinas (1Tm 4.1, 2Co 11.12-15, 1Tm 6.3-4).
Sendo assim, antes mesmo da promulgação oficial do cânon do Novo Testamento, em meados do século IV, os livros inspirados já eram devidamente identificados pelas comunidades cristãs.

A Bíblia completa

Resumindo, a unanimidade no reconhecimento da inspiração divina da Bíblia está em 66 livros, 39 no Antigo Testamento, escrito em hebraico e com pequenos trechos em aramaico, e 27 no Novo Testamento, escrito em grego.1
Além da inspiração e do cuidado de Deus em preservar seu conteúdo, a evidência de que a Bíblia que temos hoje, com começo, meio e fim, é a completa Palavra de Deus, está também em outras três consequências dessa inspiração: a unidade, a inerrância e a revelação.

Consequências da inspiração divina da Bíblia

| 1. Unidade

A inspiração divina faz com que a Bíblia, mesmo que constituída por vários livros e autores diferentes, forme uma unidade completa (Sl 18.30). Isso jamais seria resultado de uma longa e feliz coincidência e, certamente, estava fora do alcance dos seus autores humanos (1Pe 1.10-12).
Um exemplo dessa unidade é que, de Gênesis à Apocalipse, a Bíblia aponta um grande e mesmo problema, que separou o homem de Deus: o pecado (Rm 5.12); e, aos poucos, revela uma única e mesma solução para este problema: a redenção em Jesus Cristo (Rm 3.21-24, 2Tm 3.15).
A Bíblia toda é a Palavra de Deus (Lc 4.4, Pv 30.5-6), e não apenas trechos isolados. Até mesmo Antigo, e o Novo Testamento, separados um do outro, não podem ser considerados como a completa Palavra de Deus (Cl 1.25-27). E a principal implicância disso é que a Bíblia interpreta-se a si mesma.
Toda e qualquer passagem bíblica deve ser analisada à luz de todo o restante da Bíblia (At 17.11), e nenhuma doutrina cristã deve ser considerada verdadeiramente bíblica, até que se analise tudo o que a Bíblia inteira diz sobre ela (At 15.14-15, Lc 22.37).

| 2. Inerrância

Outra consequência da inspiração bíblica é a inerrância. Se a Bíblia é inspirada por Deus, e Ele certamente não erra (Cl 1.28, Tg 1.17), logo, em seus escritos originais, a Bíblia não pode conter erros, de qualquer natureza (Sl 19.7, Sl 119.160).
Afinal, se existirem erros, sejam pequenos ou grandes (Lc 16.17), como podemos ter certeza de que nosso entendimento sobre Deus, Jesus Cristo e a vontade divina estão corretos? Negar a veracidade de qualquer relato bíblico, tornaria todas as outras doutrinas questionáveis (Gl 5.9).
Por que então, muitos encontram supostos erros na Bíblia? Simplesmente, porque não entendem pelo menos sete pontos que envolvem a literatura bíblica:
  1. O primeiro ponto é a utilização de uma linguagem de aparência (Gn 1.16), para descrever certos fenômenos da natureza, como o levantar do sol ou o cair das estrelas, por exemplo;
  2. O seguindo é o uso do antropomorfismo (Gn 6.6 e Nm 23.19) e de parábolas, que são recursos para que o homem entenda coisas espirituais através da comparação com coisas naturais;
  3. O terceiro é que ao citar passagens antigas, a Bíblia utiliza paráfrases (1Co 2.9 e Is 64.4), sem a intenção de transcrever palavra por palavra;
  4. O quarto é que a análise de textos ou passagens bíblicas dependem tanto de seu contexto, como de uma compreensão global de toda a Bíblia (Lc 24.45, Mc 12.24).
  5. O quinto é que ela possui algumas informações de difícil compreensão (2Pe 3.15-16), que na verdade são fruto da nossa limitação intelectual, para entender algumas verdades espirituais (Jo 3.10-15);
  6. O sexto é que, para transmitir a verdade, ela usa várias formas literárias, assim como linguagem simbólica e figurada (Jl 2.31, Ap 12.3);
  7. E o sétimo ponto é que a Bíblia se utiliza de métodos culturais e históricos para relatar coisas como genealogias, medidas e estatísticas, ao invés de métodos precisos da tecnologia moderna (Mt 1.1-16 e Lc 3.23-38).
Por essa razão, podemos afirmar que absolutamente tudo o que a Bíblia diz, é verdade (Jo 17.17). Não importa a forma como a Bíblia comunique algo, nos escritos originais, ela sempre o faz corretamente(Sl 12.6, Lc 21.33).

| 3. Revelação

Por fim, por se tratar de um livro inspirado, a Bíblia tem a capacidade de revelar de forma precisa a existência de Deus (Jo 14.6-10, Mt 11.27). Seus atributos, sua vontade, seu planos e, o mais importante, sua relação com o ser humano (Jo 3.16, Jo 1.18).
Ainda que nossa consciência acuse a existência de um ser superior (Rm 2.14-15), e as obras da criação demonstrem que se trata de um Deus poderoso (Sl 19.1-4, Rm 1.18-20), elas não são suficientes para trazer o conhecimento necessário sobre este Deus (1Co 1.21).
Diante da grande oferta de religiões pelo mundo, e da carência do ser humano por algo que explique sua existência (Ec 3.11), a possibilidade de se confundir diante de tantos caminhos (Mt 7.13-15), a fim de encontrar a Deus, é enorme.
A única garantia que temos de conhecer seguramente o Deus verdadeiro (1Jo 5.20), é o fato de que Ele optou por revelar-se a nós (Jo 12.32), mediante um conteúdo escrito (Mt 5.18, Rm 15.4), do qual Ele mesmo cuidou para que fosse registrado sem erros e com as palavras corretas (Ap 22.18-19, Hb 4.12).

Conclusão

Nenhum outro meio, nada além da Bíblia, permite que o ser humano encontre verdadeiramente a Deus (Jo 6.68-69), e conheça a salvação que há em Jesus Cristo (1Co 15.3-4, Rm 10.8-10). E, tudo isso só é possível, pelo fato da Bíblia ser um livro divinamente inspirado (Rm 16.25-27).
  A divisão da Bíblia em capítulos e versículos, como conhecemos hoje, não fez parte dos escritos originais, e só ocorreu entre os anos de 1200 e 1600 d.C.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Perguntas & RespPERGUNTAS E RESPOSTASostas

O que é o Espiritismo?

É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.

“O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.”   Allan Kardec (O que é o Espiritismo – Preâmbulo)

 “O Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.”   Allan Kardec (O Evangelho segundo o Espiritismo – cap. VI – 4)

O que é reencarnação?

Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu aprimoramento. O objetivo da reencarnação é a evolução.

O que é mediunidade?

A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é uma faculdade que as pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem. Mas atenção: prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã. Portanto, em hipótese alguma o médium poderá cobrar dinheiro, exigir ou aceitar qualquer forma de recompensa (presentes, dádivas, agrados, etc.) por suas atividades mediúnicas.

O que são os Espíritos?

Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo. Os Espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade. Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.

O que o Espiritismo informa sobre Jesus?

Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus. A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.

Onde vivem e o que fazem os Espíritos desencarnados?

Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, que são os homens, existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados. Eles estudam, trabalham e desenvolvem diversas atividades no mundo espiritual.

O Espiritismo tem entre seus princípios a crença em Deus?

Sim. O Espiritismo explica que Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom. O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais. Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.

O Espiritismo tem, entre seus princípios, a existência de vida em outros mundos?

Sim. A Doutrina Espírita esclarece que no Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.

Quantos adeptos do Espiritismo há no Brasil?

De acordo com o Censo 2000 (IBGE), há 2,3 milhões de espíritas no Brasil.

Quantos Centros Espíritas existem no Brasil?

Cadastrados junto à Federação Espírita Brasileira há 10 mil Centros Espíritas.

Os Espíritos sabem todas as coisas?

Os Espíritos são as almas dos homens que já perderam o corpo físico. A exemplo do que observamos na Humanidade encarnada, o conhecimento que eles têm é correspondente ao seu grau de adiantamento moral e intelectual. A morte é uma passagem para vida espiritual e não dá valores morais ou de inteligência a quem não os tem.

Os Espíritos podem reencarnar em corpos de animais?

Não. Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso intelectual e moral depende dos esforços que façam para chegar à perfeição.

Espiritismo é o mesmo que Umbanda ou Candomblé?

Não. O Espiritismo é uma doutrina que surgiu na França, em 1857. Seu fundador foi Allan Kardec. O Candomblé e a Umbanda são doutrinas espiritualistas de origem africana.

Todos os Espíritos são iguais?

Não. Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos Imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.

Somente pelo Espiritismo se pode ter contato com os Espíritos?

Não. As relações dos Espíritos com os homens são constantes e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos induzem ao erro.

O que é lei de causa e efeito?

É uma lei criada por Deus e que dispõe que o homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas ações. O que fazemos de mal e de bem retornará para nós nessa mesma vida ou em existência posteriores. A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.

Nas instituições espíritas há algum tipo de pagamento?

Não. Toda a prática espírita é gratuita, como orienta o princípiomoral do Evangelho: “Dai de graça o que de graça recebestes”.

O Espiritismo revela algo novo?

Sim. O Espiritismo revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida. Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento.

O Espiritismo tem rituais ou sacerdotes?

Não. A prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade. O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.

O Espiritismo é proselitista? Existem campanhas para que as pessoas se tornem Espíritas.

Não. O Espiritismo não impõe jamais os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.

Como o Espiritismo se relaciona com as demais religiões?

O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social.  Reconhece que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.

CONCEITO DE PASSES

Passes

Conceito de Passe

"É muito comum a faculdade de curar pela influência fluídica e pode desenvolder-se por meio do exercício por meio do exercício, mas a de curar instantaneamente, pela imposição das mãos, essa é mais rara e o seu grau máximo se deve considerar excepcional."
(Allan Kardec, "A Gênese", cap. 14, item 34) 


"A mediunidade curadora (...) é, por si só, toda uma ciência, por que se liga ao magnetismo e não só abarca as doenças propriamente ditas, mas todas as variedades (...) de obsessões. (...) Aí nada queremos introduzir de pessoal e de hipotético, procedemos por via de experiência e de observação." 
(Allan Kardec, "Revista Espírita, setembro/1865) 


"O magnetismo vem a ser a medicina dos humildes e dos crentes, (...) de quantos sabem verdadeirament amar."
(Léon Denis, "No Invisível", 2a. paerte, cap. XV, pa'g. 182) 


"O passe, como gênero de auxílio, invariavelmente aplicável sem qualquer contra-indicação, é sempre valioso no tratamento devido aos enfermos de toda classe (...)."
(André Luis, "Mecanismos da Mediunidade, cap. 12, pág. 148)

"O passe é uma transfusão de energias psíquicas"
(Emmanuel, "O consolador", cap.5, questão 98, pág. 67)

"O passe é , antes de tudo, uma transfusão de amor."
(Divaldo P. Franco, "Diálogo com Dirigentes e Trabalhadores Espíritas, pág. 61)
(...)

"E Jesus , estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo de sua lepra."
(Mateus, 8:3)
Fonte: "Curso de Passes" - Grupo Espírita Francisco de Assis (GEPA)CONCEITO DE PASSE

BEZERRA DE MENEZES

Bezerra de Menezes

Bezerra de Menezes
Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu na Freguesia do Riacho do Sangue, hoje Jaguaretama (CE), em 29 de agosto de 1831. Educado dentro de padrões morais rígidos, formou-se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e tornou-se mais que médico: missionário. "Um médico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de perguntar se é longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate à porta”, escreveu. Para ele, o doente representava o anjo da caridade que lhe vinha fazer uma visita e lhe trazia a única moeda que podia saciar a sede de riqueza do Espírito. Seus gestos de bondade e sua infatigável compaixão tornaram-se lendários. 
A carreira política de Bezerra de Menezes iniciou-se em 1861, quando foi eleito vereador municipal pelo Partido Liberal. Na Câmara Municipal da Corte desenvolveu amplo trabalho em favor dos mais pobres. Foi reeleito para o período 1864-1868 e elegeu-se Deputado Geral em 1867.

Filme sobre a vida de

Bezerra de Meneses

Saiba mais e assista 
ao trailer sobre o filme 
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Novamente foi eleito vereador em 1873. Ocupou o cargo de presidente da Câmara, que atualmente corresponde ao de prefeito do Rio de Janeiro, de julho de 1878 a janeiro de 1881. Nessa época, a intensificação da luta abolicionista teve a adesão de Bezerra, que usou de extrema prudência no trato do assunto. 
No dia 16 de agosto de 1886, o público de duas mil pessoas que lotava a sala de honra da Guarda Velha, no Rio de Janeiro, ouviu, silencioso e atônito, o famoso médico e político anunciar sua conversão ao Espiritismo. Uma comoção. Reformador publicou a íntegra da conferência nas edições de setembro, outubro e novembro daquele ano. O contato com a Doutrina Espírita ocorrera dez anos antes, quando Joaquim Carlos Travassos, que fez a primeira tradução das obras de Allan Kardec, presenteou Bezerra com um exemplar de O Livro dos Espíritos. O episódio foi narrado pelo próprio Bezerra: "Disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto... Depois, é ridículo confessar-me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!... Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava n´O Livro dos Espíritos. Preocupei-me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença". 


Desde então, sua vida foi dedicada ao Espiritismo. Escritor refinado, passou a assinar artigos com temas espíritas. Aos domingos, escrevia no jornal então mais lido do Brasil: O Paiz. Sob o pseudônimo Max, assinava a série "Estudos Filosóficos - O Espiritismo", que escreveu ininterruptamente de novembro de 1886 a dezembro de 1893. Seus textos, inclusive os publicados no Reformador, marcaram época pela dignidade e coragem com que defendia seus pontos de vista e o Espiritismo. Em 1889 assumiu pela primeira vez a Presidência da FEB e iniciou o estudo metódico, semanal, de O Livro dos Espíritos. Entre os diversos livros que escreveu, constam trabalhos doutrinários, políticos e históricos. Todos deixam transparecer a preocupação com os desfavorecidos. Traduziu Obras Póstumas, de Allan Kardec.BEZERRA DE MENEZES
As divergências se multiplicavam entre os espíritas brasileiros. De um lado os chamados "místicos" e de outro os "científicos". Em 1895, Bezerra de Menezes foi lembrado como o único nome capaz de unir os espíritas. Em 3 de agosto daquele ano, assumiu pela segunda vez a presidência da FEB, cargo que ocupou até a sua desencarnação. À frente da Casa, imprimiu uma orientação acentuadamente evangélica aos trabalhos e recomeçou o estudo de O Livro dos Espíritos. 
No início de 1900, Bezerra de Menezes foi acometido por uma congestão cerebral. Grande número de visitantes de todas as classes sociais acorria à sua casa diariamente. Em 11 de abril de 1900, às 11h30, desencarnou, no Rio de Janeiro. Seu inventário – localizado no ano passado, pela Assessoria de Comunicação da FEB, no Arquivo Nacional – revela a pobreza que vivia: nada deixou de material para a família. 
Como Espírito, prossegue na vivência plena da caridade e da humildade: levantando os abatidos, consolando os curvados sob as provas terrenas, orientando espíritos endurecidos, inspirando indulgência. Sua assistência bondosa pode ser sentida nos livros e mensagens que ditou a Francisco Cândido Xavier, Yvonne Pereira e outros médiuns. Tradicionalmente, durante a reunião anual do Conselho Federativo Nacional da FEB, pelo médium Divaldo Pereira Franco, ele fala ao Movimento Espírita: continua a convidar os espíritas à união fraterna, perfumando as almas com seus exemplos de mansidão, devotamento, benevolência e perdão.

Nota: a foto não consta do texto original e foi inserida pelo KSSF.

EU

EU

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CHICO XAVIER

CHICO XAVIER

EU

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XAVIER

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