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LER É BOM DEMAIS

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REENCARNAÇÃO


Autor: Allan Kardec

O LIVRO DOS ESPÍRITOS

196. Não podendo os Espíritos aperfeiçoar-se, a não ser por meio da reencarnação, segue-se que a vida material seja uma espécie de 
crisol ou de depurador, por onde têm que passar todos os seres do mundo espírita para alcançarem a perfeição? “Sim, é exatamente isso. Eles se melhoram nessa provas, evitando o mal praticando o bem; porém, somente ao cabo de mais ou menos longo tempo, conforme os esforços que empreguem; somente após muitas encarnações ou depurações sucessivas, atingem 
a finalidade para que tendem.” a) – É o corpo que influi sobre o Espírito para que este se melhore, ou o Espírito que influi sobre o corpo? “Teu Espírito é tudo; teu corpo é simples veste que apodrece: eis tudo.”

132. Qual é a finalidade da encarnação dos Espíritos?
— Deus a estabelece com o fim de levá-los à perfeição: para uns, é uma expiação; para outros, uma missão. Mas, para chegar a essa perfeição, 
eles devem sofrer todas as vicissitudes da existência corpórea; nisto é que está 
a expiação. A encarnação tem ainda outra finalidade, que é a de pôr o Espírito em condições de enfrentar a sua parte na obra da Criação. É para 
executá-la que ele toma um aparelho em cada mundo, em harmonia com a matéria essencial do mesmo, afim de nele cumprir, daquele ponto de vista, as 
ordens de Deus. E dessa maneira, concorrendo para a obra geral, também progredir.Comentário de Kardec: A ação dos seres corpóreos é necessária à marcha do Universo. Mas Deus, na sua sabedoria, quis que eles tivessem, nessa mesma ação, um meio de progredir e de se aproximarem dele. É assim que, por uma lei admirável de sua providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na 
Natureza


?

133. Os Espíritos que, desde o princípio, seguiram o caminho do bem têm 
necessidade da encarnação— Todos são criados simples e ignorantes, e 
usam o livre-arbítrio (liberdade de escolha) como querem. Assim, se instruem através das lutas e atribulações da vida corporal. Deus, 
que é justo, não podia fazer feliz a uns, sem penas e sem trabalhos, e por conseguinte sem mérito.

133. a) Mas então de que serve aos Espíritos seguirem o caminho do bem, se isso não os isenta das penas da vida corporal?

— Chegam mais depressa ao alvo. Além 
disso, as 
penas da vida são freqüentemente a 
conseqüência da imperfeição do 
Espírito. Quanto 
menos imperfeito ele for, menos 
tormentos 
sofrerá. Aquele que não for invejoso, 
nem 
ciumento, nem avarento ou ambicioso, 
não 
passará pelos tormentos que se 
originam desses 
defeitos. .....

Escala Espírita

100. Observações preliminares. A 
classificação 
dos Espíritos funda-se no seu grau de 
desenvolvimento, nas qualidades por 
eles 
adquiridas e nas imperfeições de que 
ainda não 
se livraram. Esta classificação nada 
tem de 
absoluta: nenhuma categoria apresenta 
caráter 
bem definido, a não ser no conjunto: 
de um grau 
a outro, a transição é insensível, 
pois, nos 
limites, as diferenças se apagam, como 
nos 
reinos da Natureza, nas cores do arco-
íris ou 
ainda nos diferentes períodos da vida 
humana. 
Pode-se, portanto, formar um número 
maior ou 
menor de classes, de acordo com a 
maneira por 
que se considerar o assunto. Acontece 
nisto 
como em todos os sistemas de 
classificação 
científica: os sistemas podem ser mais 
ou menos 
completos, mais ou menos racionais, 
mais ou 
menos cômodos para a inteligência; 
mas, seja 
como for, nada alteram quanto à 
substância da 
Ciência. Os Espíritos, interpelados 
sobre isto, 
puderam, pois, variar quanto ao número 
das 
categorias, sem maiores conseqüências. 
Houve 
quem se apegasse a esta contradição 
aparente, 
sem refletir que eles não dão nenhuma 
importância ao que é puramente 
convencional. 
Para eles, o pensamento é tudo: 
deixam-nos os 
problemas da forma, da escolha dos 
termos, das 
classificações, em uma palavra, dos 
sistemas.

Ajuntemos ainda esta consideração que 
jamais se 
deve perder de vista: entre os 
Espíritos, como 
entre os homens, há os que são muito 
ignorantes, e nunca será demais 
estarmos 
prevenidos contra a tendência a crer 
que eles 
tudo sabem, por serem Espíritos. Toda 
classificação exige método, análise e 
conhecimento aprofundado do assunto. 
Ora, no 
mundo dos Espíritos, os que têm 
conhecimentos 
limitados são, como os ignorantes 
deste mundo, 
incapazes de apreender um conjunto e 
formular 
um sistema; eles não conhecem ou não 
compreendem senão imperfeitamente 
qualquer 
classificação; para eles, todos os 
Espíritos que 
lhes sejam superiores são da primeira 
ordem, 
pois não podem apreciar as suas 
diferenças de 
saber, de capacidade e de moralidade, 
como 
entre nós faria um homem rude, em 
relação aos 
homens ilustrados. E aqueles mesmos 
que sejam 
incapazes, podem variar nos detalhes, 
segundo 
os seus pontos de vista, sobretudo 
quando uma 
divisão nada tem de absoluto. Lineu, 
Jussieu 
Tournefort tiveram cada qual o seu 
método, e a 
botânica não se alterou por isso. É 
que eles não 
inventaram nem as plantas nem os seus 
caracteres, mas apenas observaram as 
analogias, 
segundo as quais formaram os grupos e 
as 
classes. Foi assim que procedemos. Nós 
também 
não inventamos os Espíritos nem os 
seus 
caracteres. Vimos e observamos; 
julgamos pelas 
suas palavras e os seus atos, e depois 
os 
classificamos pelas semelhanças, 
baseando-nos 
nos dados que eles forneceram.

Os Espíritos admitem, geralmente, três 
categorias principais ou três grandes 
divisões. Na 
última, aquela que se encontra na base 
da escala, 
estão os Espíritos imperfeitos, 
caracterizados 
pela predominância da matéria sobre o 
espírito e 
pela propensão ao mal. Os da segunda 
se 
caracterizam pela predominância do 
espírito 
sobre a matéria e pelo desejo de 
praticar o bem: 
são os Espíritos bons. A primeira, 
enfim, 
compreende os Espíritos puros, que 
atingiram o 
supremo grau de perfeição.

Esta divisão nos parece perfeitamente 
racional e 
apresenta caracteres bem definidos; 
não nos 
resta senão destacar, por um número 
suficiente 
de subdivisões, as nuanças principais 
do 
conjunto. Foi o que fizemos, com o 
concurso dos 
Espíritos, cujas benevolentes 
instruções jamais 
nos faltaram.

Com a ajuda deste quadro, será fácil 
determinar 
a ordem e o grau de superioridade ou 
inferioridade dos Espíritos com os 
quais 
podemos entrar em relação e, por 
conseguinte, o 
grau de confiança e de estima que eles 
merecem. 
Esta é de alguma maneira, a chave da 
Ciência 
espírita, pois só ela pode explicar-
nos as 
anomalias que as comunicações 
apresentam, 
esclarecendo-nos sobre as 
irregularidades 
intelectuais e morais dos Espíritos. 
Observaremos, entretanto, que os 
Espíritos não 
pertencem para sempre e exclusivamente 
a esta 
ou aquela classe; o seu progresso se 
realiza 
gradualmente, e, como muitas vezes se 
efetua 
mais num sentido que noutro, eles 
podem reunir 
as características de varias 
categorias, o que é 
fácil apreciar por sua linguagem e 
seus atos.

TERCEIRA ORDEM: ESPÍRITOS IMPERFEITOS

101. Caracteres gerais. Predominância 
da matéria 
sobre o espírito. Propensão ao mal. 
Ignorância, 
orgulho, egoísmo, e todas as más 
paixões que 
lhes seguem. Têm a intuição de Deus, 
mas não o 
compreendem.

Nem todos são essencialmente maus; em 
alguns, 
há mais leviandade. Uns não fazem o 
bem, nem 
o mal; mas pelo simples fato de não 
fazerem o 
bem, revelam a sua inferioridade. 
Outros, pelo 
contrário, se comprazem no mal e ficam 
satisfeitos quando encontram ocasião 
de praticá-
lo.

Podem aliar a inteligência à maldade 
ou à 
malícia; mas, qualquer que seja o seu 
desenvolvimento intelectual, suas 
idéias são 
pouco elevadas e os seus sentimentos 
mais ou 
menos abjetos.

Os seus conhecimentos sobre as coisas 
do 
mundo espírita são limitados, e o 
pouco que 
sabem a respeito se confunde com as 
idéias e os 
preconceitos da vida corpórea. Não 
podem dar-
nos mais do que noções falsas e 
incompletas 
daquele mundo; mas o observador atento 
encontra freqüentemente, nas suas 
comunicações, mesmo imperfeitas, a 
confirmação das grandes verdades 
ensinadas 
pelos Espíritos superiores.

O caráter desses Espíritos se revela 
na sua 
linguagem. Todo Espírito que, nas suas 
comunicações, trai um pensamento mau, 
pode 
ser colocado na terceira ordem; por 
conseguinte, 
todo mau pensamento que nos for 
sugerido 
provém de um Espírito dessa ordem.

Vêem a felicidade dos bons, e essa 
visão é para 
eles um tormento incessante, porque 
lhes faz 
provar as angústias da inveja e do 
ciúme.

Conservam a lembrança e a percepção 
dos 
sofrimentos da vida corpórea, e essa 
impressão é 
freqüentemente mais penosa que a 
realidade. 
Sofrem, portanto, verdadeiramente, 
pelos males 
que suportaram e pêlos que acarretaram 
aos 
outros; e como sofrem por muito tempo, 
julgam 
sofrer para sempre. Deus, para os 
punir, quer 
que eles assim pensem.

Podemos dividi-los em cinco classes 
principais.

102. Décima classe. Espíritos Impuros 
— São 
inclinados ao mal e o fazem objeto de 
suas 
preocupações. Como Espíritos, dão 
conselhos 
pérfidos, insuflam a discórdia e a 
desconfiança, e 
usam todos os disfarces, para melhor 
enganar. 
Apegam-se às pessoas de caráter 
bastante fraco 
para cederem às suas sugestões, a fim 
de as 
levar à perda, satisfeitos de poderem 
retardar o 
seu adiantamento, ao fazê-las sucumbir 
ante as 
provas que sofrem.

Nas manifestações, reconhecem-se esses 
Espíritos pela linguagem: a 
trivialidade e a 
grosseria das expressões, entre os 
Espíritos 
como entre os homens, e sempre um 
índice de 
inferioridade moral, senão mesmo 
intelectual. 
Suas comunicações revelam a baixeza de 
suas 
inclinações e, se eles tentam enganar, 
talando de 
maneira sensata, não podem sustentar o 
papel 
por muito tempo e acabam sempre por 
trair a 
sua origem.

Alguns povos os transformaram em 
divindades 
malfazejas- outros os designam como 
demônios, 
gênios maus, Espíritos do mal.

Quando encarnados, inclinam-se a todos 
os 
vícios que as paixões vis e 
degradantes 
engendram: a sensualidade, a 
crueldade, a 
felonia, a hipocrisia cupidez e a 
avareza sórdida. 
Fazem o mal pelo prazer de fazê-lo, no 
mais das 
vezes sem motivo, e, por ódio ao bem, 
quase 
sempre escolhem suas vitimas entre as 
pessoas 
honestas. Constituem verdadeiros 
flagelos para a 
humanidade seja qual for a posição que 
ocupem, 
e o verniz da civilização não os livra 
do opróbrio 
e da ignomínia.

103. Nona classe. Espíritos Levianos - 
São 
ignorantes, malignos inconseqüentes e 
zombeteiros. Metem-se em tudo e a tudo 
respondem sem se importarem com a 
verdade. 
Gostam de causar pequenas 
contrariedades e 
pequenas alegrias, de fazer intrigas, 
de induzir 
maliciosamente ao erro por meio de 
mistificações e de espertezas. A esta 
classe 
pertencem os Espíritos vulgarmente 
designados 
pelos nomes de duendes, diabretes, 
gnomos, 
tragos Estão sob a dependência de 
Espíritos 
superiores, que deles se servem multas 
vezes, 
como fazemos com os criados.

Nas suas comunicações com os homens, a 
sua 
linguagem é, muitas vezes espirituosa 
e alegre, 
mas quase sempre sem profundidade; 
apanham 
as esquisitices e os ridículos 
humanos, que 
interpretam de maneira mordaz e 
satírica. Se 
tomam nomes supostos, é mais por 
malícia do 
que por maldade

104. Oitava classe. Espíritos Pseudo-
Sábios - 
Seus conhecimentos são bastante 
amplos, mas 
julgam saber mais do que realmente 
sabem 
Tendo realizado alguns progressos em 
diversos 
sentidos, sua linguagem tem um caráter 
sério, 
que pode iludir quanto à sua 
capacidade e às 
suas luzes Mas isso freqüentemente, 
não é mais 
do que um reflexo dos preconceitos e 
das idéias 
sistemáticas que tiveram na vida 
terrena. Sua 
linguagem é uma mistura de algumas 
verdades 
com os erros mais absurdos, entre os 
quais 
repontam a presunção, o orgulho, a 
inveja e a 
teimosia, de que não puderam despir-se

105. Sétima classe. Espíritos Neutros 
– Nem são 
bastante bons para fazerem o bem, nem 
bastante maus para fazerem o mal; 
tendem tanto 
para um como para outro, e não se 
elevam sobre 
a condição vulgar da humanidade, quer 
pela 
moral ou pela inteligência. Apegam-se 
às coisas 
deste mundo, saudosos de suas 
grosseiras 
alegrias.

106. Sexta classe. Espíritos Batedores 

Perturbadores —Estes Espíritos não 
formam, 
propriamente falando, uma classe 
distinta 
quanto às suas qualidades pessoais, e 
podem 
pertencer a todas as classes da 
terceira ordem. 
Manifestam freqüentemente sua presença 
por 
efeitos sensíveis e físicos, como 
golpes, 
movimento e deslocamento anormal de 
corpos 
sólidos, agitação do ar etc. Parece 
que estão mais 
apegados à matéria do que os outros, 
sendo os 
agentes principais das vicissitudes 
dos elementos 
do globo, quer pela sua ação sobre o 
ar, a água, 
o fogo, os corpos sólidos ou nas 
entranhas da 
terra. Reconhece-se que esses 
fenômenos não 
são devidos a uma causa fortuita e 
física, quando 
têm um caráter intencional e 
inteligente. Todos 
os Espíritos podem produzir esses 
fenômenos, 
mas os Espíritos elevados os deixam, 
em geral, a 
cargo dos Espíritos subalternos, mais 
aptos para 
as coisas materiais que para as 
inteligentes. 
Quando julgam que as manifestações 
desse 
gênero são úteis, servem-se desses 
espíritos 
como auxiliares.

SEGUNDA ORDEM: BONS ESPÍRITOS

107. Caracteres Gerais. Predomínio do 
Espírito 
sobre a matéria; desejo do bem. Suas 
qualidades 
e seu poder de fazer o bem estão na 
razão do 
grau que atingiram: uns possuem a 
ciência, 
outros a sabedoria e a bondade; os 
mais 
adiantados juntam ao seu saber as 
qualidades 
morais. Não estando ainda 
completamente 
desmaterializados, conservam mais ou 
menos, 
segundo sua ordem, os traços da 
existência 
corpórea, seja na linguagem, seja nos 
hábitos, 
nos quais se encontram até mesmo 
algumas de 
suas manias. Se não fosse assim, 
seriam Espíritos 
perfeitos.

Compreendem Deus e o infinito e gozam 
já da 
felicidade dos bons. Sentem-se felizes 
quando 
fazem o bem e quando impedem o mal. O 
amor 
que os une é para eles uma fonte de 
inefável 
felicidade, não alterada pela inveja 
nem pêlos 
remorsos, ou por qualquer das más 
paixões que 
atormentam os Espíritos imperfeitos; 
mas terão 
ainda de passar por provas, até 
atingirem a 
perfeição absoluta.

Como Espíritos, suscitam bons 
pensamentos, 
desviam os homens do caminho do mal, 
protegem durante a vida aqueles que se 
tornam 
dignos, e neutralizam a influência dos 
Espíritos 
imperfeitos sobre os que não se 
comprazem 
nelas.

Quando encarnados, são bons e 
benevolentes 
para com os semelhantes; não se deixam 
levar 
pelo orgulho, nem pelo egoísmo, nem 
pela 
ambição; não provam ódio, nem rancor, 
nem 
inveja ou ciúme, fazendo o bem pelo 
bem.

A esta ordem pertencem os espíritos 
designados, 
nas crenças vulgares, pelos nomes de 
bons 
gênios, gênios protetores, Espíritos 
do bem. Nos 
tempos de superstição e de ignorância, 
foram 
considerados divindades benfazejas.

Podemos dividi-los em quatro grupos 
principais:

108. Quinta classe. Espíritos 
Benévolos — Sua 
qualidade dominante é a bondade; 
gostam de 
prestar serviços aos homens e de os 
proteger; 
mas o seu saber é limitado: seu 
progresso 
realizou-se mais no sentido moral que 
no 
intelectual.

109. Quarta classe. Espíritos Sábios — 
O que 
especialmente os distingue é a 
amplitude dos 
conhecimentos. Preocupam-se menos com 
as 
questões morais do que com as 
científicas, para 
as quais têm mais aptidão; mas só 
encaram a 
Ciência pela sua utilidade, livres das 
paixões que 
são próprias dos Espíritos 
imperfeitos.

110. Terceira classe. Espíritos 
Prudentes — 
Caracterizam-se pelas qualidades 
morais da 
ordem mais elevada. Sem possuir 
conhecimentos 
ilimitados, são dotados de uma 
capacidade 
intelectual que lhes permite julgar 
com precisão 
os homens e as coisas.

111. Segunda classe. Espíritos 
Superiores — 
Reúnem a ciência, a sabedoria e a 
bondade. Sua 
linguagem, que só transpira 
benevolência, é 
sempre digna, elevada, e 
freqüentemente 
sublime. Sua superioridade os torna, 
mais que os 
outros, aptos a nos proporcionar as 
mais justas 
noções sobre as coisas do mundo 
incorpóreo, 
dentro dos limites do que nos é dado 
conhecer. 
Comunicam-se voluntariamente com os 
que 
procuram de boa fé a verdade e cujas 
almas 
estejam bastante libertas dos liames 
terrenos, 
para a compreender; mas afastam-se dos 
que 
são movidos apenas pela curiosidade ou 
que, 
pela influência da matéria, se desviam 
da prática 
do bem.

Quando, por exceção, se encarnam na 
Terra, é 
para cumprir uma missão de progresso, 
e então 
nos oferecem o tipo de perfeição a que 

humanidade pode aspirar neste mundo.

PRIMEIRA ORDEM: ESPÍRITOS PUROS

112. Caracteres Gerais. Nenhuma 
influência da 
matéria. Superioridade intelectual e 
moral 
absoluta, em relação aos Espíritos das 
outras 
ordens.

113. Primeira classe. Classe Única — 
Percorreram 
todos os graus da escala e se 
despojaram de 
todas as impurezas da matéria. Havendo 
atingido 
a soma de perfeições de que é 
suscetível a 
criatura, não têm mais provas nem 
expiações a 
sofrer. Não estando mais sujeitos à 
reencarnação 
em corpos perecíveis, vivem a vida 
eterna, que 
desfrutam no seio de Deus.

Gozam de uma felicidade inalterável, 
porque não 
estão sujeitos nem às necessidades nem 
às 
vicissitudes da vida material, mas 
essa felicidade 
não é a de uma ociosidade monótona, 
vivida em 
contemplação perpétua. São os 
mensageiros e os 
ministros de Deus, cujas ordens 
executam, para 
a manutenção da harmonia universal. 
Dirigem a 
todos os Espíritos que lhes são 
inferiores, 
ajudam-nos a se aperfeiçoarem e 
determinam as 
suas missões. Assistir os homens nas 
suas 
angústias, incitá-los ao bem ou à 
expiação das 
faltas que os distanciam da felicidade 
suprema é 
para eles uma ocupação agradável. São, 
às vezes, 
designados pêlos nomes de anjos, 
arcanjos ou 
serafins.

Os homens podem comunicar-se com eles, 
mas 
bem presunçoso seria o que pretendesse 
tê-los 
constantemente às suas ordens.

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