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Kardec e a Revolução do Espírito

Kardec e a Revolução do Espírito

Quando o professor Rivail participou, em maio de 1855, da primeira sessão de “mesas falantes”, sua vida modificou-se totalmente. Ele vislumbrou, no vaivém do bater dos pés da mesa, algo mais do que os outros imaginavam.
 
Ali estava, naquelas manifestações rústicas, o caminho para um melhor entendimento dos problemas do homem. Sua mente treinada surpreendeu-se com o desdobramento possível da confirmação de que aqueles fenômenos indicavam a prova da imortalidade da alma. O sonho de todos, de não morrer, de continuar vivendo, se transformava em realidade.
 
“Compreendi, antes de tudo, a gravidade da exploração que ia empreender; percebi, naqueles fenômenos, a chave do problema tão obscuro e tão controvertido do passado e do futuro da Humanidade, a solução que eu procurara em toda a minha vida. Era, em suma, toda uma revolução nas ideias e nas crenças”, escreveu, relembrando sua iniciação no processo que redundou no Espiritismo. (“Obras Póstumas” - Minha Primeira Iniciação no Espiritismo).
 
A Revolução Francesa derrubara os muros da aristocracia e da prepotência do clero, dando início a uma nova etapa, abrindo novos horizontes políticos para a sociedade. A Revolução Industrial estabelecera um novo primado para a economia e promovera a urbanização, reestruturando o panorama das relações humanas, projetando o crescimento da produção com vistas à expansão da coletividade humana. Marx e Engels, no “Manifesto Comunista”, em l848, proclamavam que “tudo o que é sólido se desmancha no ar...”, prenunciando a Revolução Social, com a promessa de eliminar as barreiras entre as classes sociais, instalando um panorama de justiça e cooperação.
 
Faltava a Revolução do Espírito, isto é, a quebra das barreiras materialista e confessional, libertando Deus, o universo, o ser, das algemas do dogmatismo e da ignorância, coroando as demais revoluções pela compreensão da natureza espiritual das criaturas humanas, ensejando o descortino de uma nova moral para o mundo.
 
PREPARANDO A REVOLUÇÃO
 
Para o professor Rivail, o Espiritismo seria o secundador, o desencadeador, o fator central dessa revolução. Podemos dizer que, desde o início, ele trabalhou para que a Doutrina chegasse ao ponto que depois ele indicou como a sua meta final: a influenciação social.
 
Passou a estruturar a nova doutrina, que os Espíritos patrocinavam com suas manifestações mediúnicas, discutindo ideias e fazendo revelações que davam novo sentido às crenças humanas.
 
Metodicamente, organizou suas ideias, conferiu posições, debateu, discutiu cada uma delas, dentro de um estrito sentido de responsabilidade. “Fazia-se mister, portanto, andar com a maior circunspeção e não levianamente; ser positivista e não idealista, para não me deixar iludir”.
 

Assim, afirmou: “apliquei a essa nova ciência, como o fizera até então, o método experimental; nunca elaborei teorias preconcebidas; observava cuidadosamente, comparava, deduzia consequências; dos efeitos procurava remontar às causas, por dedução e pelo encadeamento lógico dos fatos, não admitindo por válida uma explicação, senão quando resolvia todas as dificuldades da questão. Foi assim que procedi sempre em meus trabalhos anteriores, desde a idade de 15 a 16 anos. (“Obras Póstumas” - Minha primeira iniciação no Espiritismo).
 
Em menos de dois anos, o professor Rivail transformou-se em Allan Kardec. Já em 1856 ele tinha concluído a formatação de “O Livro dos Espíritos”, após ter analisado exaustivamente cerca de 50 cadernos contendo mensagens, informações e respostas dos Espíritos a questões formuladas pelo grupo mediúnico de Victorien Sardou. Em mensagem datada de 11 de setembro de 1856, através da médium senhorita Baudin, “muitos Espíritos”, depois de ouvirem Kardec ler alguns capítulos de “O Livro dos Espíritos”, afirmaram que “o plano está bem concebido” e que estavam “satisfeitos” com ele. (“Obras Póstumas”).
 
Finalmente, o Espiritismo veio à luz no dia 18 de abril de 1857, com a publicação do primeiro “O Livro dos Espíritos”, elaborado por Rivail em mais ou menos 15 meses, motivo porque saiu com apenas 504 questões, contendo perguntas e respostas e o mesmo conteúdo no formato de texto filosófico.
 
Se considerarmos o período de maio de 1855 a março de 1869, quando ele desencarnou, Allan Kardec presidiu a estruturação do Espiritismo por cerca de 14 anos.
 
Em janeiro de 1858 começou a publicação da “Revista Espírita”, que dirigiu durante 11 anos e 4 meses, com 136 edições mensais, considerando que, embora desencarnado em 31 de março, deixara pronta a edição de abril de 1869. Em abril de 1858, fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que presidiu até desencarnar.
 
TRABALHO SOLITÁRIO
 
Quando Camille Flammarion afirmou no seu discurso à beira do túmulo de Kardec “que ele não era o que chamam de sábio, que não fora primeiro físico, naturalista, ou astrônomo e que preferira constituir um corpo de doutrina moral, antes de haver submetido à discussão científica a realidade e a natureza dos fenômenos”, exprimia uma opinião que o fundador do Espiritismo conhecera.
 
O próprio Flammarion diz que Kardec “suscitou rivalidades; fez escola de feição um pouco pessoal” mostrando que ele fora taxado de personalista. Na verdade, realizou, de fato, um trabalho solitário.
 
Ele justificou essa atitude, dizendo que como a Doutrina não foi dada, em parte alguma, completa, era preciso um centro organizador para receber, discernir, deduzir e decidir o que deveria ser publicado e dado como doutrina espírita. O trecho seguinte mostra o que ele realizou: “O Espiritismo não é nem uma concepção pessoal, nem o resultado de um sistema preconcebido. É a resultante de milhares de observações feitas em todas as partes do globo, que convergiram para um centro que as coligiu e coordenou. Todos os princípios que o constituem, sem exceção, foram deduzidos da experiência.” (“Obras Póstumas”, Breve Resposta aos Detratores do Espiritismo).
 
Sobre sua decisão de organizar, fundar o Espiritismo, ele declarou: “Algumas pessoas disseram que fui precipitado nas teorias espíritas, que ainda não era tempo de estabelecê-las, pois as observações não estavam completas. Abstração feita ao ensino dos Espíritos, pergunto se, em meu nome, não tenho, como qualquer outra pessoa, o direito de elucubrar um sistema filosófico? Seria tomar a dianteira de certas pessoas? (...) Mas, se certo ou errado, eu creio tê-los observado suficientemente, devo esperar as boas disposições dos que ficam para trás?” (“Revista Espírita”, julho de 1859).
 
Em nota a uma comunicação datada de 18 de novembro de 1857, através da médium Ermance Dufaux, que versava sobre o lançamento da “Revista Espírita”, que ele publicou a partir de 1° de janeiro de 1858, às suas custas e sozinho, ele disse: “Reconheci, mais tarde, que fora para mim uma felicidade não ter tido quem me fornecesse fundos, pois assim me conservava mais livre, ao passo que outro interessado houvera querido talvez impor-me suas ideias e sua vontade e criar-me embaraços. Sozinho, eu não tinha que prestar contas a ninguém, embora, pelo que respeitava ao trabalho me fosse pesada a tarefa.” (“Obras Póstumas”).
 
Esses pequenos trechos mostram o perfil do caráter de Kardec. Ele percebeu a extensão do projeto que a doutrina poderia desenvolver em benefício da humanidade e fez disso a obra de sua vida.
 
Embora muitos contestem, Canuto Abreu afirmou que uma era a posição de Kardec, quando da publicação da 1ª edição de “O Livro dos Espíritos” e outra a partir da 2ª edição, em 1860. Segundo ele, no curto espaço entre as duas edições de “O Livro dos Espíritos”, isto é de 1857 a 1860, Kardec assumiu sua verdadeira posição de autor da Doutrina. Eis o que ele escreveu: “O papel do Homem sobreleva ao dos Espíritos. Os Instrutores ficam em segundo plano, como simples testemunhas informantes ou de ciência própria perante juiz severo e lúcido. O Discípulo torna-se Mestre. Nivela-se o Aprendiz com os Instrutores. Julga. Critica. Distingue. Seleciona. Atende somente a seu criterium, confia só em seu discernimento. Inspira-se apenas no Espírito Verdade, diretamente, e que nunca o abandonou.” (Nota do tradutor in “O Primeiro Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec).
 
O que não resta dúvida é que ele possuía um espírito crítico digno de um pesquisador e um pensamento filosófico definido. Ele foi um filósofo da práxis, como mais tarde diria Marx. Diante dos fatos e diante da ancestralidade dos temas que abordara, ele julgou que era importante, sobretudo, dar um sentido prático às revelações que os Espíritos traziam, a maior delas, naturalmente, a prova de sua existência.
 
Conforme acentuou, ele elucubrara um sistema filosófico. Os iniciadores dos grandes sistemas filosóficos foram antes de tudo revolucionários na medida em que reestruturaram concepções soltas, pensamentos diversos e deram um novo sentido ao que era disperso e imaginário.
 
Kardec também partiu das instruções dos Espíritos, das observações pessoais sobre diferentes tipos de níveis de evolução, inteligência, conhecimento, afeto e formulou um sistema filosófico, arcando com a responsabilidade e sofrendo os ataques rotineiros de invejosos, opositores gratuitos e mal-intencionados.
 
Mas teve uma vantagem, sua ligação com os Espíritos Superiores foi muito íntima, mas respeitosa. De modo algum havia uma subordinação, nem um atrelamento automático dele em relação a eles. Houve uma contínua e perfeita parceria.
 
Kardec pensou grande, isto é, anteviu um sistema que contemplava uma revolução moral, a partir de fundamentos conceituais que teriam como fruto a desmobilização de bases materialistas, ateístas, niilistas da sociedade.
 
Por isso o que realmente importou-lhe foi estabelecer uma relação moral básica. Ele foi um homem complexo: humanista, educador, escritor, filósofo, moralista, no melhor sentido da palavra. Embora injuriado, atacado, traído, mostrou um espírito tolerante e, ciente da inevitabilidade da evolução do pensamento, preparou a Doutrina para se manter atualizada.
 
Embora as tênues separações entre o pensamento filosófico e o teológico, nas questões morais Allan Kardec procurou delinear o suporte moral do Espiritismo, dentro de um critério filosófico, não místico: “O Espiritismo é uma doutrina filosófica, de efeitos religiosos, como qualquer filosofia espiritualista, pelo que forçosamente vai ter às bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a alma, a vida futura. Mas não é uma religião constituída, visto que não tem culto, nem rito, nem templos e que, entre seus adeptos, nenhum tomou nem recebeu o título de sacerdote ou de sumo-sacerdote.” (“Obras Póstumas”, Ligeira resposta aos detratores do Espiritismo).
 
O fundador do Espiritismo foi de um caráter firme, decidido e o consolidador de uma proposta de renovação integral da sociedade, por uma nova visão do homem e do mundo.
 
REVOLUÇÃO COMPLEXA
 
Allan Kardec pensou o Espiritismo como instrumento da Revolução do Espírito. Ele disse: “O simples fato de poder o homem comunicar-se com os seres do mundo espiritual traz consequências incalculáveis da mais alta gravidade; é todo um mundo novo que se nos revela e que tem tanto mais importância, quanto a ele hão de voltar todos os homens, sem exceção.
O conhecimento de tal fato não pode deixar de acarretar, generalizando-se, profunda modificação nos costumes, caráter, hábitos, assim como nas crenças que tão grande influência exerceu sobre as relações sociais, É uma revolução completa a operar-se nas ideias, revolução tanto maior, tanto mais poderosa, quanto não se circunscreve a um povo, nem a uma casta, visto que atinge simultaneamente, pelo coração, todas as classes, todas as nacionalidades, todos os cultos.” (“A Gênese”, cap. I, item 20).
 
Para ele, a Doutrina seria o ponto de apoio dessa reformulação moral da humanidade, da qual decorreria toda uma nova era para o planeta azul. Entretanto, tudo deve se encadear, tudo segue um rumo esboçado pela divindade. O objetivo maior é a identificação do ser humano, a construção de uma sociedade harmônica e justa, com a valorização do humano.
 
A ideia de que se poderia alcançar a Revolução do Espírito sem resolver as questões fundamentais das relações humanas, seguia o mesmo rumo dos apelos pela salvação que foram feitos não apenas no cristianismo, como em todas as religiões.
 
Transformações mágicas sempre povoaram a mente das pessoas e animaram o imaginário de gerações. Todavia, a criação de uma nova sociedade é complexa e depende da solução de problemas que obstruem o caminho do bem-estar material e prepare a base para o bem-estar espiritual.
 
A Revolução do Espírito não poderá ser implantada à revelia das condições de miséria e ignorância reinantes na maioria das nações e países. Na visão geopolítica, econômica e sociológica do fim deste século 20, percebemos uma extraordinária evolução no cenário humano. Em menos de 100 anos esse cenário mudou e está em acelerado processo de mudança.
 
O tempo de Kardec maravilhava-se com a eletricidade e a máquina a vapor, com o telégrafo sem fio. Tudo isso parece irrisório diante das conquistas tecnológicas e o desenvolvimento do pensamento científico que, como sabemos, dá novo sentido aos parâmetros idealizados pelo espiritualismo e demais crenças.
 
Se o século 19 refletiu a agitação social e política da Europa, não apenas no campo teórico, mas em ações como a Comuna de Paris, os movimentos comunista, socialista e anarquista, ao lado da agitação científica a ensaiar o salto tecnológico que explodiria no século 20, tudo isso prenunciava o grande desafio que é a valorização da pessoa humana.
 
Embora todos os percalços, desde aí caminhou-se e caminha-se para a valorização do ser humano, que ganhou novas dimensões, com a revolução feminina deste século, preparando o futuro da humanidade valorizada em direitos e deveres, sem discriminação sexual.
 
Ainda persistem outros focos de inquietação. Como a discriminação racial, a miséria e a exploração das pessoas. Mas já existe um delineamento irrecorrível que cria uma consciência que vai se consolidando sobre a fatuidade dessas posições e que redundará na solução dessa desigualdade fabricada pelas elites.
 
Outro fator ponderável é que o mundo não é apenas o Ocidente ou apenas o Oriente, o Oriente Médio. A felicidade não poderia vir apenas para o branco europeu, mas deverá ser, em termos genéricos, estender-se a todos, ainda que de forma desigual, mas basicamente digna.
 
O colonialismo territorial cedeu e foi sucedido, em parte, e como talvez seria inevitável, pelo colonialismo cultural, político e econômico, o que suscita estertores dos partidários de um mundo ideal, sem classes, igualitário, com exata e substancial distribuição da riqueza, meta sem dúvida a ser alcançada nos séculos futuros.


Para isso, não são pouco os que esperam grandes manifestações da natureza, com a morte de milhões, limpando a Terra dos maus elementos. Nesse caso, os poucos e bons habitantes que restariam desfrutariam do caos e da destruição que os elementos naturais provocariam, para não falar dos que prosseguem esperando a espetacular vinda do Senhor, para separar os bodes das ovelhas.


Como se pretendeu salvar a criatura humana pela graça divina, pretendeu-se transformar a sociedade humana pela graça do comunismo que essencialmente prega a solidariedade, a união em torno de ideais. Seriam eliminadas as classes, a miséria seria erradicada, os “maus” seriam condenados e cessariam quaisquer discriminações entre pessoas e raças.


Os regimes impostos pela revolução bolchevista e que tentaram criar esse falso paraíso faliram desastrosamente. Não apenas porque se basearam no controle da produção, sem espaço para a criatividade e pelo sufoco da liberdade, mas, sobretudo, porque desprezaram a realidade evolutiva da maioria, os desejos e as deficiências morais das pessoas, tanto as que dominaram como as que foram dominadas.
 
A SOLIDARIEDADE DO PROCESSO


A história mais recente está a nos demonstrar que a Revolução do Espírito será alcançada através de um longo processo de maturação da sociedade humana, tão dispersa e diversa em moralidade, riqueza e nível social.


A iniciativa de Kardec é a semente do futuro. As projeções de uma nova sociedade mais fraterna e sem o peso esmagador do egoísmo e do orgulho, foram feitas dentro de um quadro otimista, mas prudente.


Segundo várias comunicações de Espíritos, desde há um século antes de Kardec, se preparava uma renovação abrangente, que incluía a justiça social, a supremacia do bem sobre o mal: “O progresso da Humanidade se cumpre, pois, em virtude de uma lei que resulta da vontade de Deus, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável. Quando, por conseguinte, a Humanidade está madura para subir um degrau, pode dizer-se que são chegados os tempos marcados por Deus, como se pode dizer também que, em tal estação, eles chegam para a maturação dos frutos e sua colheita.” (“A Gênese”, cap. XVIII, item 2).


E Kardec acrescenta : “Nestes tempos, porém, não se trata de uma mudança parcial, de uma renovação limitada a certa região, ou a um povo, a uma raça. Trata-se de um movimento universal, a operar-se no sentido do progresso moral. (...)Aliás, todos sabem quanto ainda deixa a desejar a atual ordem de coisas. Depois de se haver, de certo modo, considerado todo o bem-estar material, produto da inteligência, logra-se compreender que o complemento desse bem-estar somente pode achar-se no desenvolvimento moral.” (Idem, item 6).


A consolidação da imortalidade não será apenas obra do Espiritismo. Mesmo na fase que sucedeu ao surgimento do Espiritismo, os maiores pesquisadores dos fenômenos psíquicos não estavam ligados à Doutrina. Alguns foram mesmo críticos do Espiritismo.


Entretanto, desde 1857, quando Kardec nos oferta “O Livro dos Espíritos”, na verdade consolidado a partir de l860 com a 2ª edição, filósofos, cientistas e pesquisadores se entregaram com ardor e eficiência à prova experimental da imortalidade, utilizando o instrumento da mediunidade, que ele recuperara dando-lhe o nível de dignidade e de faculdade humana, respeitável e útil.


Sem qualquer prepotência, podemos afirmar que a Doutrina Espírita é a única que possui um conjunto de fatores experimentais e ideológicos que dão sentido à imortalidade e abrem uma perspectiva justa e progressiva para os seres espirituais, que são as criaturas humanas. Estabelecendo os fundamentos da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, ele escreveu na “Revista Espírita” de julho de 1859: “O objetivo da Sociedade não é apenas a pesquisa dos princípios da Ciência Espírita. Ela vai mais longe, estuda também suas consequências morais, pois é principalmente nestas que está a sua verdadeira utilidade”.


Logo, a Revolução do Espírito não será precipitada por acontecimentos insólitos, mas será resultado e ao mesmo tempo influenciada por mutações progressivas, abrangendo o conjunto das pessoas, derrubando preconceitos e superando os desafios que a complexidade do tema apresenta, sem que se possa estabelecer um tempo limitado.


Fonte: Abertura - jornal de cultura espírita, outubro de 1999. Licespe – Santos-SP..

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