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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Manifestações dos Espíritos - Evocação

Manifestações dos Espíritos - Evocação
Autor: Jeferson Souza      Publicação: 07/09/2018 17:24      Views: 376      Comentários: 0 

Neste artigo abordaremos sobre uma das formas em que os Espíritos se manifestam no mundo da matéria, falaremos de evocação.

No estudo da obra básica "O Livro dos Médiuns" teremos um capítulo inteiramente dedicado ao estudo das evocações dos Espíritos. Sabemos que o codificador Allan Kardec utilizava-se da evocação como uma forma de convocar determinados Espíritos para a comunicar-se com ele.
Nos serviremos, neste artigo, o estudo singelo sobre o capítulo 25 com o título "Das Evocações" da segunda obra básica do Espiritismo:"O Livro dos Médiuns", portanto, todos os trechos aqui relacionados são deste capítulo e obra.
No item 274, da obra já anteriormente mencionada, teremos o seguinte esclarecimento:
"Podemos evocar todos os Espíritos, seja qual for o grau da escala a que pertençam: os bons e os maus, os que deixaram recentemente a vida e os que vieram nas épocas mais distantes, os homens ilustres e os mais obscuros, os nossos parentes, os nossos amigos e os que nos foram indiferentes. Mas isso não quer dizer que eles sempre queiram ou possam atender ao nosso apelo. "
No trecho acima transcrito, podemos compreender que podemos evocar qualquer tipo de Espírito, pertencente a qual classe ou categoria, tanto os bons quantos os maus, no entanto, eles possuem o livre-arbítrio de atenderem o chamado ou não. Bem como veremos mais a frente que há Espíritos que estão impedidos de se manifestarem.
Podemos evocar um Espírito no instante de seu desencarne? E teremos o seguinte esclarecimento na resposta da pergunta 33:
"33. Quanto tempo depois da morte se pode evocar um Espírito?
 — Pode-se evocá-lo no próprio instante da morte, mas como então ele ainda se encontra em perturbação,só imperfeitamente pode responder."
O Espírito pode ser evocado durante o seu instante da morte, no entanto, no "Livro dos Espíritos" nos esclarece muito bem, que nós quando desencarnamos passamos por um período de perturbação, assim como acordamos meio atordoados de uma anestesia ou de um sono. Desta forma, se evocado, o Espírito poderá falar de forma imperfeita, ou seja, falar coisas que talvez não façam sentido algum.
E por que quando evocamos um determinado Espírito e este não se manifesta? Veremos o que diz a resposta da questão 3:
"3. Quais as causas que podem impedi-lo?
            — Primeiro, a sua própria vontade; depois, o seu estado corpóreo, se estiver encarnado; as missões de que estiver encarregado, ou ainda a falta de permissão para tanto, que lhe pode ser negada. Há também Espíritos que não podem jamais se comunicar. São os que ainda pertencem, por sua natureza, a mundos inferiores a Terra.
Os que se encontram em globos de punição também não podem comunicar-se, a menos que tenham permissão superior, só concedida em caso de utilidade geral. Para que um Espírito possa comunicar-se é necessário que tenha atingido o grau de evolução do mundo em que é chamado, pois do contrário será estranho à cultura desse mundo e não disporá de meios de comparação para exprimir-se. Não se dá o mesmo com os que são enviados em missão ou expiação aos mundos inferiores, pois esses possuem a cultura necessária para responder."
Os Espíritos relatam diversas questões que podem impedir de um Espírito se manifestar diante de uma evocação, e uma delas é referente que o Espírito já esteja encarnado, mas é possível também evocar Espíritos que estejam encarnados e veremos mais a frente, em que ocasiões isso ocorre.
É comunicado que há alguns tipos de Espíritos que não podem ser evocados, são os Espíritos inferiores a condição humana ou que estejam em transição a condição humana, pois não possuem ainda recursos de entendimento e de manifestação espiritual.
É relatado também que podemos evocar somente Espíritos que estejam em condições adequadas de evolução, pois não podemos evocar um Espírito selvagem que esteja encarnado ou desencarnado em um mundo primitivo, pois sua manifestação não seria compreendida por nós e traria nenhuma informação util para nós, bem como, por estar em um padrão vibratório inferior ao do nosso planeta. 
Também há aqueles Espíritos que se encontram encrustado no mal, por isso, estão aprisionados em mundos prisão ou em local que não podem sair sem autorização de Espíritos superiores.
Há relatos no meio espírita de um mesmo Espírito realizar manifestações simultâneas, e Allan Kardec questiona os Espíritos dessa possibilidade, segue a resposta a questão 29
"29. O mesmo Espírito poderia comunicar-se ao mesmo tempo, na mesma sessão, por dois médiuns diferentes?
         — Tão facilmente como, entre vós, certos homens ditam muitas cartas de uma vez."
Vejamos a pergunta e resposta seguinte de número 30
"30. O Espírito que é evocado ao mesmo tempo em muitos lugares pode responder simultaneamente às perguntas que lhe fazem?
            — Sim, se for um Espírito elevado.
    —  Nesse caso o Espírito se divide ou possui o dom da ubiqüidade?
            — O Sol é um só e no entanto irradia a sua luz por todos os lados, projetando os seus raios à distância sem se subdividir. Dá-se o mesmo com os Espíritos. O pensamento do Espírito é como uma estrela que irradia a sua claridade no horizonte e pode ser vista de todos os pontos. Quanto mais puro é o Espírito mais o seu pensamento irradia e se difunde como a luz. Os Espíritos inferiores são mais materiais, não podem responder a mais de uma pessoa de cada vez e não podem atender à nossa evocação se já foram chamados em outro lugar."
Podemos entender que os Espíritos podem se manifestar por vários médiuns ao mesmo tempo, desde que seja um Espírito com certa elevação espiritual, no entanto, quanto mais próximo da matéria for o Espírito, essa possibilidade de manifestação é reduzida até ser nula.
E aqueles médiuns que diz evocar Espíritos puros, Espíritos de Santos e Espíritos de grande elevação, será que Eles atendem ao chamado, vejamos o que dizem os Espíritos na resposta da pergunta 31.
"31. Os Espíritos puros,que já terminaram a série de suas encarnações, podem ser evocados?
             — Sim, mas muito raramente, pois só se  comunicam aos corações puros e sinceros, não aos orgulhosos e egoístas. Assim, é necessário desconfiar dos Espíritos inferiores que se arrogam essa qualidade para se fazerem mais importantes aos vossos olhos."
A resposta é muito elucidade e auto explicativa, mas sabemos que há muitos Espíritos desencarnados que gostam de zombar de médiuns e brincar com seu orgulho e vaidade, portanto, a esses tipos de manifestações requer muita cautela, pois nem todos os médiuns têm os atributos essenciais para que estas manifestações mais elevadas ocorram, então, aproveitando dessa evocação os Espíritos inferiores que se manifestam para zombar, ridicularizar ou ganhar confiança de médiuns invigilantes.
É possível evocar um Espírito de um animal? Há quem diga que sim, mas já vimos, neste artigo, mais precisamente na resposta da pergunta 3, que não é possível evocar Espíritos da ordem inferior a humana, mas vejamos as respostas das pergunta 36 e 37.
"36. Pode-se evocar o Espírito de um animal?
            — O princípio inteligente que animava o animal fica em estado latente após sua morte. Os Espíritos encarregados desse trabalho imediatamente o utilizam para animar outros seres, através dos quais continuará o processo da sua elaboração. Assim, no mundo dos Espíritos não há Espíritos errantes de animais, mas somente Espíritos humanos. Isto responde a vossa pergunta."
"37. Como se explica então que certas pessoas tenham evocado animais e recebido respostas?
            — Evoque um rochedo e ele responderá. Há sempre uma multidão de Espíritos prontos a falar sobre tudo.
Observação de Kardec: É por essa mesma razão que se evocarmos um mito ou um personagem alegórico ele responderá.Isso quer dizer que responderão por ele. O Espírito que se apresentar em seu lugar tomará o seu aspecto e as suas maneiras. Alguém teve um dia à idéia de evocar Tartufo e ele logo se manifestou. E ainda mais, falou de Orgon,de Elmira, de Damis e Valéria, dando suas notícias. Quanto a  si mesmo, imitou Tartufo com tanta arte como se ele fosse um personagem real. Disse mais tarde ser um artista que havia desempenhado o papel. Os Espíritos levianos se aproveitam sempre da inexperiência dos interrogantes, mas evitam manifestar-se aos que sabem que podem descobrir as suas imposturas e não dariam crédito às suas estórias. É o mesmo que acontece entre os homens..."
Desta maneira compreendemos que os animais quando desencarnam não podem se manifestar por meio da evocação, pois, permanecem neste estado latente que pode ser oculto de manifestação ou adormecido, no entanto, tão logo é possível, já o reencarnam em outros corpos.
*OBS: Latente, significa segundo o dicionário: não aparente, não manifesto; oculto, encoberto.
Porém, isso não impede do dono do animal de o visualizar pelo campo da visão mediúnica que lhe seja próprio ou por via do desdobramento. O que os Espíritos estão aqui abordando é que quando evocados, os animais não se manifestam.
Podemos evocar um Espírito encarnado? Veremos que sim, desde que haja o desdobramento do mesmo diante do corpo físico, por tanto, não é possível o Espírito encarnado manifestar-se quando esteja acordado. Vejamos as respostas para as perguntas 38, 39 e 40:
"38. A encarnação do Espírito impede de maneira absoluta a sua evocação?
            — Não, mas é necessário que a condição corpórea facilite o seu desprendimento nesse momento. O Espírito encarnado atende mais facilmente quando o mundo em que se encontra é mais elevado, porque então os corpos são menos materiais."
"39. Podemos evocar o Espírito de uma pessoa viva?
            — Sim, desde que se pode evocar um Espírito encarnado.O Espírito de um vivo pode, também, nos seus momentos de liberdade, manifestar-se sem ser evocado. Isso depende da simpatia que tiver pelas pessoas em causa. (Ver nº 116, História do homem da tabaqueira)."
"40. Como se acha o corpo da pessoa cujo Espírito da pessoa é evocado?
            — Dorme ou cochila; é quando o Espírito está livre."
Recomendamos, novamente, que todos nós estudemos o capítulo 25 de ponta a ponta, para que possamos ter uma amplitude de entendimento, pois não pudemos abordar todos os temas aqui neste artigo.
Todos nós somos médiuns, portanto, todos podemos evocar Espíritos, mas é recomendado que se faça isso dentro de um ambiente controlado e harmonioso como é de uma casa espírita, pois nestes ambientes Bons Espíritos controlam os processos mediúnicos.
Não é recomendado fazer estas evocações em outros lugares, pois, não há a proteção segura dos Bons Espíritos, uma vez que, em nossa casa, por exemplo, nem sempre conseguimos manter o equilíbrio da psicosfera do nosso lar, seja por nossa influência ou dos familiares e nestes ambientes há sempre a possibilidade da mistificação e zombaria de Espíritos inferiores.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

POMADA VOVÔ PEDRO

Analisando a Pomada do Vovô Pedro

A pomada do Vovô Pedro é um produto (unguento) distribuído em muitos centros espíritas ao redor do Brasil, como um bálsamo para diversos tipos de enfermidades e moléstias. Inicialmente era distribuída por entidades espíritas do estado de Minas Gerais, com caráter caritativo, ou seja, sem cobrar-se por ela.
Supostamente teria sido canalizada por meio da psicografia do médium João Nunes Maia em 1972, sendo que seu autor espiritual é ninguém menos do que Franz Anton Mesmer, criador do Mesmerismo, ou de como é conhecido mais popularmente, passe magnético. O espírito do médico alemão Franz Mesmer, tomou um pseudônimo de Vovô Pedro para passar a fórmula da pomada nos centros espíritas.
O unguento não ficou restrito só ao estado de Minas Gerais, se alastrando por diversas outras regiões do Brasil. Em algumas casas espíritas até pediam doação de tubos de filmes fotográficos, para armazenar a pomada. Consta que a fórmula original é registrada e tem responsabilidade farmacêutica, em nome de Maria de Fátima R. Léo; CRF: MG 5807.
Existem diversas curiosidade que cercam essa manifestação e essa pomada, uma delas da própria manifestação de Vovô Pedro (Mesmer), que foi questionado de sua identificação. Com tranquilidade o espírito responde:
“É preferível que as coisas simples tenham nomes simples. Uma observação, porém; o preço deste medicamento deverá ser um e apenas um ‘Deus lhe pague'”. 
No começo da manifestação não se fazia ideia de que Vovô Pedro era na verdade uma manifestação oculta de Franz Anton Mesmer. O médium João Nunes Maia, em uma visita à Biblioteca Pública de São Paulo, estava examinando uma enciclopédia, quando reparou em uma gravura com o rosto do espírito que se comunicava com ele, ou seja, do próprio médico Mesmer.
A pomada é um unguento tópico feito de diversos extratos de ervas medicinais, conhecidos de nossa farmacopéia e muito estudados, sendo eles:
  • Erva-de-bicho (Polygonum punctatum);
  • Ipê-Roxo (Tecoma araliacea);
  • Calêndula (Calendula officinalis);
  • Tuia (Thuya occidentalis);
  • Extrato de Própolis;
  • Tintura de Condurango (Gonolobus condurango);
  • Além de usar como veículos a vaselina e a lanolina.
A lanolina é uma gordura extraída da lã da ovelha, usada como veículo ou excipiente em diversos cremes, shampoos, pomadas e outros. A vaselina, por sua vez é um produto extraído do petróleo. Quase podemos afirmar que é uma fórmula fitoterápica.
Analisando individualmente cada componente, podemos encontrar que:

Erva-de-Bicho (Polygonum punctatum)

Essa planta medicinal tem diversas espécies similares, e segundo algumas fontes, possuí propriedades medicinais adstringentes, anti-séptica, cicatrizante, diurética, hipotensora e anti-reumática. Contudo, dentro do Formulário de Fitoterapia da Farmacopéia Brasileira (Anvisa), só consideram que essa planta tem propriedades anti-hemorroidal. Segundo Alves et al, (2001)
“Polygonum punctatum (Polygonaceae) is an herb known in some regions of Brazil as “erva-de-bicho” and is used to treat intestinal disorders. The dichloromethane extract of the aerial parts of this plant showed strong activity in a bioautographic assay with the fungus Cladosporium sphaerospermum. The bioassay-guided chemical fractionation of this extract afforded the sesquiterpene dialdehyde polygodial as the active constituent. The presence of this compound with antibiotic, anti-inflammatory and anti-hyperalgesic properties in “erva-de-bicho” may account for the effects attributed by folk medicine to this plant species.”
Em uma tradução livre, essa erva por meio do extrato de diclorometano de suas partes aéreas tem forte atividade em um ensaio com o fungo Cladosporium sphaerospermum. O fracionamento desse extrato proporcionou a presença de um sesquiterpeno conhecido como dialdeído, como um componente ativo. Esse composto possui propriedades antibióticas, anti-inflamatórias e anti-hierpalgésicas. Esse seria o PAN (Princípio Ativo Natural) que responsável pelos efeitos atribuídos a esse medicamento popular.
Alves TMA, Ribeiro FL, Kloos H, Zani CL. Polygodial, the Fungitoxic Component from the Brazilian Medicinal Plant Polygonum punctatum. Mem. Inst. Oswaldo Cruz. 2001; 96:831-833.

Ipê-Roxo (Tecoma araliacea)

O Ipê-Roxo não consta do Formulário de Fitoterapia da Farmacopéia Brasileira, porém é uma erva popularmente utilizada na prática medicinal, porém faz parte das ervas relacionadas no RENISUS ( Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS). Presente em diversas “farmacopéias populares” principalmente as das tribos sul-americanas em especial as andinas, desde épocas remotas. Seu nome tem origem tupi e significa “árvore cascuda”.
Quando se extraí sua casca, emagando-a e depois cozinhando-a, extraí-se um óleo com propriedades cicatrizantes. Presente em diversos preparados populares no brasil, inclusive por meio de infusos de suas folhas, do do decocto de sua casca e também de preparados para garrafadas, com supostas propriedades antigripais, atuando também contra a bronquite, sinusite, impetigo, úlceras sifilíticas e blenorrágicas, cervicite e cervico-vaginite. Ainda atribuem propriedades anti-anêmica, diurética, calmante analgésica, tendo relatos de tratamentos de tumores, como positivos.
Destes porém podemos afirmar apenas as suas propriedades antioxidantes, antibióticas, bactericidas, antivirual, antifúngica e cicatrizante.

Calêndula (Calendula officinalis)

A calêndula é muito conhecida no meio umbandista e também dentre os fitoterápicos mais utilizados no mercado de medicamentos naturais industrializados. Existem diversas pomadas e cremes para bebês, com extrato de calêndula que promovem cicatrização e impedem assaduras nos bebês. Presente no Formulário Fitoterápico da Farmacopéia Brasileira, possui as propriedades antiinflamatória e cicatrizante.

Tuia (Thuya occidentalis)

Dentro das propriedades farmacológicas da Tuia, podemos destacas as glicoproteínas e polissacarídeos, que são dados como agentes antivirais e imunoestimulantes. Dentro de seus princípios ativos, encontramos o α-pineno, borneol, fenchona, flavonóides (glicosídeos de kenferol e quercetol), óleo essencial composto de 60% de tuyona e também taninos. São atribuídas as propriedades adstringente, anti-helmítica, anti-hemorroidal, antirreumática, antiasmática, antiverrugas, emenagoga e expectorante. Sendo que sua principal função é o tratamento de infeções virais e bacterianas.

Própolis

Própolis é uma cera resinosa retirada das colmeias de abelha que tem grande destaque por suas múltiplas funções e propriedades. Relatadas abaixo:
  • Antimicrobiana ( Ghisalberti, Bee World, 60, 59-84, 1979 / Park et. al., Current Microbiology, 36, 24-28, 1998;)
  • Antifúngica ( Millet – Clerc et. al., Plant. Med. Phytother, 21, 3-7, 1987; / Kujumgiev et. al., 64 (2), 235-240, 1999; / Silici et al J. Pharmacol. Sci. 99, 39, 2005;)
  • Antivirótica (Esanu et. al., Virologie, 32, 213-215, 1981;)
  • Antiprotozoário (Scheller et. al. Arzneim – Forsch. Drug., 30, 1847-1848, 1980; / Towers et. al. Rev. Cuban Cienc. Vet., 15-19, 1990;)
  • Bactericida e bacteriostática (Focht et. al. – Arzneimitteln Forschung 43-II (8) 921-923, 1993;)
  • Anestésica (Ghisalberti, 1979 / Paintz and Metzner, 1979;)
  • Antiinflamatória (Olinescu, Stud. Cercet. Biochim., 34, 19-25, 1991;)
  • Antioxidante ( Yanishlieva & Marinova, Kharanitelnopr. Nauka, 2, 45-50, 1986;)
  • Cicatrizante e regeneração de tecidos (Stojko et. al., Arzneim – Forsch. Drug Rês., 28, 35-37, 1978;)
  • Anti-sépticas e hipotensivas (Ghisalbert, Bee World, 60, 59-84, 1979;)
  • Tratamento de gengivites (Magro Filho et. al., 32, 4-6, 1990;)
  • Atividade hepatoprotetora e agente anti-úlceras (Kabanov et. al., Sov. Med., 6, 92-96, 1989;)
  • Estimuladora do sistema imunológico (Manolova, et al, 1987; Moriyasu, et al, 1993; Harish, et al, 1997;)
  • Ação inibidora na multiplicação de células tumorais (Matsuno et. al. 1992; / Kimoto et. al. 1995;)

Tintura de Condurango (Gonolobus condurango)

Apesar de alguns estudos apontarem para uma característica citotóxica do extrato de Condurango, associando-o a um potencial agente contra células tumorais, a sua aparição na fórmula da pomada, parece-em se dar mais pela sua qualidade de tônico e por estimular uma maior vascularização – circulação – na área aplicada, facilitando assim a absorção dos outros compostos da fórmula da pomada do Vovô Pedro, por meio da pele.
Podemos perceber que há uma investigação por trás dos componentes da pomada do Vovô Pedro e um panorama bem fitoterápico, que acaba sendo exatamente o objetivo da pomada. Curiosamente, um dos grandes defensores de tal unguento foi o médium Chico Xavier, principalmente reconhecendo que as pessoas já empregavam a pomada em casos de dermatites, úlceras, dores musculares, contusões, etc.
O que mais me chama atenção aqui nessa exposição é o caráter fitoterápico do unguento, sendo transmitido por espírito usando um nome, mais facilmente encontrado dentro da Umbanda. Além disso, o espiritismo há muito defende que não há necessidade de nenhum elemento físico dentro de um trabalho espiritual, porém aqui percebemos como é divergente esse tipo de pensamento. Acredito que um maior exame para dentro de sua casa espiritual deveria ser obrigatório, antes de apontar o dedo para práticas de outras denominações religiosas irmãs. Porém, isso é apenas um pouco do meu eu ranzinza falando. O que importa de fato é que a pomada, empiricamente ou por meio da fé funciona, e tem até uma base fitoterápica que suporta sua ação.

Assistam uma entrevista do portal EBH – Espiritismo Belo Horizonte sobre a pomada:
História da origem da Pomada Vovô Pedro e como a SEMAN, instituição responsável, conseguiu sua realizar produção em escala. Conheça o envolvimento de Chico Xavier com o medicamento e porque a sua fórmula é mantida em segredo. Saiba também: o apoio de outras casas espíritas na sua confecção; como são levantados os recursos para a produção do remédio; qual o critério adotado para a sua distribuição; como é a participação do público na elaboração da pomada; para que tipo de doença se pode usá-la. Juselma Coelho. (Entrevista realizada em 10/06/2009)

quinta-feira, 7 de junho de 2018

POR QUE, SOMENTE QUATRO EVANGELHOS?

POR QUE, SOMENTE QUATRO EVANGELHOS?O que são os evangelhos? Por que existem quatro?

Os evangelhos são relatos da vida de Jesus, escritos pelos apóstolos ou pessoas próximas dos apóstolos. Existem quatro evangelhos na Bíblia, cada um contando a história de Jesus de uma perspetiva um pouco diferente. Os evangelhos nos mostram quem Jesus é e por que ele é importante.
Durante seu tempo na terra, Jesus não escreveu nada sobre sua vida nem sobre seus ensinamentos. Mas depois que ele subiu ao Céu, os discípulos de Jesus começaram a registrar o que tinham visto e ouvido por escrito. Foi assim que surgiram os quatro evangelhos.
Evangelho significa “boa notícia”. O propósito dos quatro evangelhos e contar a boa notícia sobre Jesus, o Salvador do mundo (Marcos 1:1). Como cada um foi escrito por uma pessoa diferente, cada evangelho apresenta Jesus de uma perspetiva diferente, mas sem contradizer uns aos outros. Todos os evangelhos relatam a morte e ressurreição de Jesus.
Os quatro evangelhos são:

Mateus

Mateus foi um dos 12 apóstolos, que acompanhou o ministério de Jesus de perto. Em seu evangelho, Mateus mostrou como Jesus cumpriu as profecias do Antigo Testamento sobre o Messias, o Salvador prometido. Ele também registrou vários dos ensinamentos morais de Jesus, incluíndo o famoso sermão do monte.

Marcos

Marcos foi um companheiro dos apóstolos Pedro e Paulo. Ele provavelmente escreveu seu evangelho a partir de tudo que ouviu de Pedro. O evangelho de Marcos foca principalmente nas ações de Jesus e seu poder para realizar milagres.

Lucas

Lucas era um médico, amigo de Paulo. Ele escreveu seu evangelho para um senhor chamado Teófilo. O objetivo de Lucas era escrever um relato digno de confiança. Por isso, ele pesquisou tudo com cuidado e rigor, procurando fontes seguras (Lucas 1:3-4). O evangelho de Lucas contém vários detalhes sobre a família e as origens de Jesus.

João

João foi outro apóstolo e um dos amigos mais próximos de Jesus. Seu evangelho é bastante diferente dos outros três porque procura contar outras partes da vida de Jesus, talvez menos conhecidas. João escreveu seu evangelho com o objetivo de ajudar as pessoas a crerem em Jesus (João 20:31).

Somente foram escritos quatro evangelhos?

Não, vários evangelhos foram escritos ao longo do tempo. No entanto, somente os quatro que estão na Bíblia são dignos de confiança. Os outros relatos da vida de Jesus são conhecidos como os evangelhos apócrifos.
Os quatro evangelhos na Bíblia foram escritos por pessoas que eram muito próximos de Jesus e/ou que tiveram acesso direto a pessoas próximas de Jesus. Os outros evangelhos, que surgiram mais tarde, foram escritos por pessoas que não conheceram Jesus nem os apóstolos. Esses evangelhos apenas relatam lendas e rumores, não testemunhos oculares.
Os evangelhos apócrifos também são diferentes porque são muito mais fantasiosos, foram escritos até alguns séculos mais tarde e incluem muitos erros e contradições. Por outro lado, es quatro evangelhos na Bíblia não contradizem uns aos outros e não têm grandes erros históricos. Já na igreja primitiva somente esses quatro evangelhos eram considerados autênticos e possíveis de comprovar.

CHICO XAVIER E A HÓSTIA CATÓLICA

CHICO XAVIER FALA SOBRE A HÓSTIA CATÓLICA

DISSE CHICO XAVIER: “Em nossa infância, e na primeira juventude, frequentava a Igreja Católica com o mesmo respeito com que nos dirigimos hoje a uma reunião espírita cristã, e sempre sentimos, reconhecemos, dentro da Igreja Católica, prodígios de espiritualidade inimagináveis.

Muitas vezes, principalmente nas missas da manhã, quando era possível a comunhão de vibrações espirituais de todos os crentes numa só faixa de espiritualidade e de fé em Jesus, tivemos oportunidade de ver espíritos santificados que abençoavam as hóstias, e elas se transformavam como se fossem flores de luz, que o sacerdote oferecia na mesa da comunhão.

Muitas vezes, principalmente no altar daquela que nós veneramos como sendo a nossa Mãe Santíssima, vimos irradiações de luz que alcançavam toda a assembléia, do altar consagrado a Santa Teresinha de Lisieux, muitas vezes vi repartirem rosas trazidas por criaturas desencarnadas, amigos e amigas católicos da cidade de Pedro Leopoldo, sem que eu pudesse explicar o fenômeno.”

Chico conta, ainda, que as hóstias iluminadas, quando recebidas por pessoas de fé, não se apagavam ao serem ingeridas por elas, sendo absorvidas, de preferência, pelos órgãos que estivessem atacados por alguma enfermidade. Por outro lado, nas pessoas que comungavam sem fé, as hóstias se obscureciam, assim que lhes tocavam os lábios.

O QUE OS CATÓLICOS COMEMORAM NO FERIANO DE CORPUS CHRISTI?
Segundo narração católica, uma garota chamada Juliana nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint Martin. Com 14 anos, entrou para o convento das agostinianas em Mont Cornillon, na periferia de Liège. Com 17 anos, começou a ter 'visões'. O Papa Urbano recebeu o segredo das visões da freira. Uma das visões foi interpretada como sendo a ausência de uma festa eucarística no calendário litúrgico para agradecer o sacramento da Eucaristia. Então, a festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula 'Transiturus' de 11 de agosto de 1264, 6 anos após a morte da irmã em 1258, com 66 anos. Juliana foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII. E a festa era para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. O Papa Urbano tornou mundial a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer. Nesta data os católicos comemoram a presença real de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia.

Mas, o que é Eucaristia? Eucaristia é uma palavra grega, cujo significado é "reconhecimento", "ação de graças", é uma celebração em memória da morte sacrificial e ressurreição de Jesus Cristo. Também é denominada "comunhão", "ceia do Senhor". É um ritual que reproduz a última ceia, onde Jesus disse: "Este é o meu corpo . . . isto é o meu sangue . . . fazei isto em memória de mim", com o intenção de promover a comunhão (comum-união) entre os católicos e Jesus. A hóstia, acreditam eles, ser o próprio corpo do Cristo (Corpus Christi em latim), e o vinho o sangue.
Mas, os protestantes da Reforma de Lutero, negavam a presença real de Cristo na Eucaristia. Por isso, o catolicismo fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística nas ruas das cidades, como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia. Tornou-se, então, uma disputa entre católicos e protestantes. Por isso, vemos os católicos enfeitarem as ruas nesta data.

Então
, o que significa, para os espíritas, a frase: "Este é o meu corpo . . . isto é o meu sangue . . . fazei isto em memória de mim"? 
Jesus, na última refeição que fez com os apóstolos, tomou de um pão, deu graças e repartiu entre eles, dizendo ser (simbolicamente) o "seu corpo" (o corpo da sua doutrina: o pão espiritual) oferecido para eles. Da mesma maneira Jesus fez com o cálice de vinho, dizendo ser (simbolicamente) seu sangue (o sacrifício que ele se submeteria para beneficiá-los). E pediu:"façam isto em memória de mim."
Para nós espíritas, Jesus pediu para que os apóstolos (do cristianismo), em qualquer época, de qualquer religião,compartilhassem uns com os outros o pão de cada dia, seja o pão de trigo, seja o pão do espírito, o pão da dor ou da alegria. Enfim, que doassem e se doassem, com sacrifício, derramando sangue, se preciso fosse, assim como ele fez por nós. Ele fez este pedido porque sabia que sua doutrina (o cristianismo) não seria de fácil aceitação, por isso concluiu: "se me perseguiram, também perseguirão a vós outros."Tanto que seus apóstolos foram perseguidos e mortos barbaramente. Exemplo: Pedro, foi crucificado de cabeça para baixo; os cristãos novos morreram nas arenas comidos por leões.
E Jesus conclui pedindo que fizessem isto em memória dele, ou seja, para que seus ensinamentos não ficassem esquecidos.
O que podemos fazer para que os ensinamentos cristãos não fiquem esquecidos?
Ressuscitando Jesus em nossas atitudes e palavras e não apenas reproduzindo seus gestos e palavras. "A fé sem obras é morta."CHICO XAVIER E A HOSTIA CATÓLICA

EU

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CHICO XAVIER

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