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quinta-feira, 7 de junho de 2018

A ORIGEM DA BÍBLIA

A Origem da Bíblia

Será que a Bíblia sempre diz a verdade? Quem escreveu e quem definiu quais livros fariam parte dela? Que segurança temos de que a Bíblia que se encontra em nossas mãos hoje, com começo, meio e fim, é a completa Palavra de Deus?
A Bíblia que temos hoje é um livro único e completo, porém, para quem não sabe, ela é formada por vários livros que foram escritos e colecionados ao logo da história. Mas a questão é: quem escreveu, colecionou e definiu quais seriam estes livros?

A inspiração da Bíblia

Bom, para saber mais sobre todo este processo, precisamos começar falando sobre a inspiração divina das Escrituras. Deus, o autor da Bíblia (Js 24.26), se revelou de forma especial para alguns homens durante a história (Hb 1.1, At 3.21), e os inspirou a escrever o conteúdo bíblico (Dn 9.2,9-10, Is 30.8).
Toda a Bíblia é inspirada por Deus (2Tm 3.16). Mas isso não significa dizer que Deus a ditou, palavra por palavra. Afinal, pela variedade de gênero, estilo e vocabulário, percebemos que, durante a escrita, os autores humanos mantiveram sua personalidade (Lc 1.1-4, 1Co 7.12).
Todavia, de forma alguma, os escritores se utilizaram de ideias, conceitos ou opniões próprias, mas foram inspirados, ou seja, movidos pelo Espírito Santo (2Pe 1.20-21), para utilizarem palavras aprovadas por Deus (2Sm 23.2, Dt 4.2).
Deus guiou e supervisionou os escritores da Bíblia, para que eles, dentro de suas limitações e circunstâncias, compusessem e registrassem, sem erros, a mensagem do Criador para a sua criação (1Co 2.13).

A formação da Bíblia

Mas, se os povos antigos não sabiam qual seria o desfecho da história bíblica e não conheciam a Bíblia como nós conhecemos hoje (Ef 3.5-6), como eles poderiam definir quais livros fariam parte dela ou não?
Bom, este processo é conhecido como a formação do cânon sagrado. E, como não poderia ser diferente, contou com a providência divina em recrutar homens conscientes e piedosos para identificar e preservar os livros inspirados (2Rs 23.24, Ne 8.8, 2Cr 17.9).

| 1. O Antigo Testamento

No Antigo Testamento, por exemplo, após a redação de um texto inspirado por parte dos profetas (1Sm 10.25), o povo de Deus reconhecia nessa obra a autoridade divina (Êx 24.3), e colecionava este conteúdo como literatura sagrada (2Cr 34.30, Dt 31.24-26).
E mesmo antes de apresentar sinais de desgaste, em virtude dos materiais que eram utilizados, como plantas ou peles de animais, o conteúdo era preservado através de cópias, feitas com extremo cuidado, pelos escribas (Ed 7.6).
Por volta de 400 a.C., todos os livros do Antigo Testamento já haviam sido escritos, categorizados e agrupados segundo suas características em comum, formando o cânon hebraico.

| 2. O período Interbíblico

Depois disso, houve um período de 400 anos entre o Antigo e o Novo Testamento, onde vários outros livros foram escritos. Dentre eles, os livros apócrifos ou deuterocanônicos, que tem sua inspiração divina rejeitada pelos judeus e cristãos protestantes, mas aceita pelos católicos.
Apesar de serem historicamente autênticos e, inclusive, terem feito parte da Septuaginta (LXX), que foi a tradução do Antigo Testamento para o grego, estes livros não fazem parte da Bíblia hebraica, pois não tiveram sua inspiração divina reconhecida pelos judeus.
Verdade é que, por questões históricas e metodológicas, a igreja católica incluiu estes livros em seu cânon sagrado, enquanto os protestantes permaneceram com o mesmo conteúdo do cânon hebraico.

| 3. O Novo Testamento

Já no caso da formação do Novo Testamento, o processo foi um pouco mais complexo do que no Antigo, pois a revelação divina se expandiu por diversos povos em diferentes regiões (At 1.8), e já não havia um povo, zeloso como os judeus (Rm 10.1-2), que fosse responsável por colecionar estes livros.
Contudo, algo que facilitou a identificação do conteúdo inspirado do Novo Testamento, foi que, durante a maior parte deste processo, aqueles que receberam autoridade divina (Mt 28.18-20, Ef 2.20) e foram testemunhas oculares da vida e da ressurreição de Cristo (At 10.39-41), estavam vivos.
E foi, principalmente por recomendação dos apóstolos (1Co 11.2, Fp 3.1-2, 2Pe 2.1) que, desde o princípio, os cristãos tinham a preocupação em identificar, reunir e preservar os escritos inspirados (Cl 4.16, 2Pe 3.1-2), que, inclusive, serviam como base doutrinária para as igrejas (1Ts 2.13, 1Co 14.37).
Afinal, diversos ensinamentos falsos a respeito de Jesus Cristo, começaram a circular na época (2Ts 2.1-2, 2Co 11.4). Exigindo que os cristãos fossem extremamente cautelosos ao receber ensinamentos e doutrinas (1Tm 4.1, 2Co 11.12-15, 1Tm 6.3-4).
Sendo assim, antes mesmo da promulgação oficial do cânon do Novo Testamento, em meados do século IV, os livros inspirados já eram devidamente identificados pelas comunidades cristãs.

A Bíblia completa

Resumindo, a unanimidade no reconhecimento da inspiração divina da Bíblia está em 66 livros, 39 no Antigo Testamento, escrito em hebraico e com pequenos trechos em aramaico, e 27 no Novo Testamento, escrito em grego.1
Além da inspiração e do cuidado de Deus em preservar seu conteúdo, a evidência de que a Bíblia que temos hoje, com começo, meio e fim, é a completa Palavra de Deus, está também em outras três consequências dessa inspiração: a unidade, a inerrância e a revelação.

Consequências da inspiração divina da Bíblia

| 1. Unidade

A inspiração divina faz com que a Bíblia, mesmo que constituída por vários livros e autores diferentes, forme uma unidade completa (Sl 18.30). Isso jamais seria resultado de uma longa e feliz coincidência e, certamente, estava fora do alcance dos seus autores humanos (1Pe 1.10-12).
Um exemplo dessa unidade é que, de Gênesis à Apocalipse, a Bíblia aponta um grande e mesmo problema, que separou o homem de Deus: o pecado (Rm 5.12); e, aos poucos, revela uma única e mesma solução para este problema: a redenção em Jesus Cristo (Rm 3.21-24, 2Tm 3.15).
A Bíblia toda é a Palavra de Deus (Lc 4.4, Pv 30.5-6), e não apenas trechos isolados. Até mesmo Antigo, e o Novo Testamento, separados um do outro, não podem ser considerados como a completa Palavra de Deus (Cl 1.25-27). E a principal implicância disso é que a Bíblia interpreta-se a si mesma.
Toda e qualquer passagem bíblica deve ser analisada à luz de todo o restante da Bíblia (At 17.11), e nenhuma doutrina cristã deve ser considerada verdadeiramente bíblica, até que se analise tudo o que a Bíblia inteira diz sobre ela (At 15.14-15, Lc 22.37).

| 2. Inerrância

Outra consequência da inspiração bíblica é a inerrância. Se a Bíblia é inspirada por Deus, e Ele certamente não erra (Cl 1.28, Tg 1.17), logo, em seus escritos originais, a Bíblia não pode conter erros, de qualquer natureza (Sl 19.7, Sl 119.160).
Afinal, se existirem erros, sejam pequenos ou grandes (Lc 16.17), como podemos ter certeza de que nosso entendimento sobre Deus, Jesus Cristo e a vontade divina estão corretos? Negar a veracidade de qualquer relato bíblico, tornaria todas as outras doutrinas questionáveis (Gl 5.9).
Por que então, muitos encontram supostos erros na Bíblia? Simplesmente, porque não entendem pelo menos sete pontos que envolvem a literatura bíblica:
  1. O primeiro ponto é a utilização de uma linguagem de aparência (Gn 1.16), para descrever certos fenômenos da natureza, como o levantar do sol ou o cair das estrelas, por exemplo;
  2. O seguindo é o uso do antropomorfismo (Gn 6.6 e Nm 23.19) e de parábolas, que são recursos para que o homem entenda coisas espirituais através da comparação com coisas naturais;
  3. O terceiro é que ao citar passagens antigas, a Bíblia utiliza paráfrases (1Co 2.9 e Is 64.4), sem a intenção de transcrever palavra por palavra;
  4. O quarto é que a análise de textos ou passagens bíblicas dependem tanto de seu contexto, como de uma compreensão global de toda a Bíblia (Lc 24.45, Mc 12.24).
  5. O quinto é que ela possui algumas informações de difícil compreensão (2Pe 3.15-16), que na verdade são fruto da nossa limitação intelectual, para entender algumas verdades espirituais (Jo 3.10-15);
  6. O sexto é que, para transmitir a verdade, ela usa várias formas literárias, assim como linguagem simbólica e figurada (Jl 2.31, Ap 12.3);
  7. E o sétimo ponto é que a Bíblia se utiliza de métodos culturais e históricos para relatar coisas como genealogias, medidas e estatísticas, ao invés de métodos precisos da tecnologia moderna (Mt 1.1-16 e Lc 3.23-38).
Por essa razão, podemos afirmar que absolutamente tudo o que a Bíblia diz, é verdade (Jo 17.17). Não importa a forma como a Bíblia comunique algo, nos escritos originais, ela sempre o faz corretamente(Sl 12.6, Lc 21.33).

| 3. Revelação

Por fim, por se tratar de um livro inspirado, a Bíblia tem a capacidade de revelar de forma precisa a existência de Deus (Jo 14.6-10, Mt 11.27). Seus atributos, sua vontade, seu planos e, o mais importante, sua relação com o ser humano (Jo 3.16, Jo 1.18).
Ainda que nossa consciência acuse a existência de um ser superior (Rm 2.14-15), e as obras da criação demonstrem que se trata de um Deus poderoso (Sl 19.1-4, Rm 1.18-20), elas não são suficientes para trazer o conhecimento necessário sobre este Deus (1Co 1.21).
Diante da grande oferta de religiões pelo mundo, e da carência do ser humano por algo que explique sua existência (Ec 3.11), a possibilidade de se confundir diante de tantos caminhos (Mt 7.13-15), a fim de encontrar a Deus, é enorme.
A única garantia que temos de conhecer seguramente o Deus verdadeiro (1Jo 5.20), é o fato de que Ele optou por revelar-se a nós (Jo 12.32), mediante um conteúdo escrito (Mt 5.18, Rm 15.4), do qual Ele mesmo cuidou para que fosse registrado sem erros e com as palavras corretas (Ap 22.18-19, Hb 4.12).

Conclusão

Nenhum outro meio, nada além da Bíblia, permite que o ser humano encontre verdadeiramente a Deus (Jo 6.68-69), e conheça a salvação que há em Jesus Cristo (1Co 15.3-4, Rm 10.8-10). E, tudo isso só é possível, pelo fato da Bíblia ser um livro divinamente inspirado (Rm 16.25-27).
  A divisão da Bíblia em capítulos e versículos, como conhecemos hoje, não fez parte dos escritos originais, e só ocorreu entre os anos de 1200 e 1600 d.C.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Perguntas & RespPERGUNTAS E RESPOSTASostas

O que é o Espiritismo?

É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.

“O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.”   Allan Kardec (O que é o Espiritismo – Preâmbulo)

 “O Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.”   Allan Kardec (O Evangelho segundo o Espiritismo – cap. VI – 4)

O que é reencarnação?

Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu aprimoramento. O objetivo da reencarnação é a evolução.

O que é mediunidade?

A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é uma faculdade que as pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem. Mas atenção: prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã. Portanto, em hipótese alguma o médium poderá cobrar dinheiro, exigir ou aceitar qualquer forma de recompensa (presentes, dádivas, agrados, etc.) por suas atividades mediúnicas.

O que são os Espíritos?

Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo. Os Espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade. Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.

O que o Espiritismo informa sobre Jesus?

Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus. A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.

Onde vivem e o que fazem os Espíritos desencarnados?

Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, que são os homens, existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados. Eles estudam, trabalham e desenvolvem diversas atividades no mundo espiritual.

O Espiritismo tem entre seus princípios a crença em Deus?

Sim. O Espiritismo explica que Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom. O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais. Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.

O Espiritismo tem, entre seus princípios, a existência de vida em outros mundos?

Sim. A Doutrina Espírita esclarece que no Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.

Quantos adeptos do Espiritismo há no Brasil?

De acordo com o Censo 2000 (IBGE), há 2,3 milhões de espíritas no Brasil.

Quantos Centros Espíritas existem no Brasil?

Cadastrados junto à Federação Espírita Brasileira há 10 mil Centros Espíritas.

Os Espíritos sabem todas as coisas?

Os Espíritos são as almas dos homens que já perderam o corpo físico. A exemplo do que observamos na Humanidade encarnada, o conhecimento que eles têm é correspondente ao seu grau de adiantamento moral e intelectual. A morte é uma passagem para vida espiritual e não dá valores morais ou de inteligência a quem não os tem.

Os Espíritos podem reencarnar em corpos de animais?

Não. Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso intelectual e moral depende dos esforços que façam para chegar à perfeição.

Espiritismo é o mesmo que Umbanda ou Candomblé?

Não. O Espiritismo é uma doutrina que surgiu na França, em 1857. Seu fundador foi Allan Kardec. O Candomblé e a Umbanda são doutrinas espiritualistas de origem africana.

Todos os Espíritos são iguais?

Não. Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos Imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.

Somente pelo Espiritismo se pode ter contato com os Espíritos?

Não. As relações dos Espíritos com os homens são constantes e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos induzem ao erro.

O que é lei de causa e efeito?

É uma lei criada por Deus e que dispõe que o homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas ações. O que fazemos de mal e de bem retornará para nós nessa mesma vida ou em existência posteriores. A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.

Nas instituições espíritas há algum tipo de pagamento?

Não. Toda a prática espírita é gratuita, como orienta o princípiomoral do Evangelho: “Dai de graça o que de graça recebestes”.

O Espiritismo revela algo novo?

Sim. O Espiritismo revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida. Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento.

O Espiritismo tem rituais ou sacerdotes?

Não. A prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade. O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.

O Espiritismo é proselitista? Existem campanhas para que as pessoas se tornem Espíritas.

Não. O Espiritismo não impõe jamais os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.

Como o Espiritismo se relaciona com as demais religiões?

O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social.  Reconhece que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.

CONCEITO DE PASSES

Passes

Conceito de Passe

"É muito comum a faculdade de curar pela influência fluídica e pode desenvolder-se por meio do exercício por meio do exercício, mas a de curar instantaneamente, pela imposição das mãos, essa é mais rara e o seu grau máximo se deve considerar excepcional."
(Allan Kardec, "A Gênese", cap. 14, item 34) 


"A mediunidade curadora (...) é, por si só, toda uma ciência, por que se liga ao magnetismo e não só abarca as doenças propriamente ditas, mas todas as variedades (...) de obsessões. (...) Aí nada queremos introduzir de pessoal e de hipotético, procedemos por via de experiência e de observação." 
(Allan Kardec, "Revista Espírita, setembro/1865) 


"O magnetismo vem a ser a medicina dos humildes e dos crentes, (...) de quantos sabem verdadeirament amar."
(Léon Denis, "No Invisível", 2a. paerte, cap. XV, pa'g. 182) 


"O passe, como gênero de auxílio, invariavelmente aplicável sem qualquer contra-indicação, é sempre valioso no tratamento devido aos enfermos de toda classe (...)."
(André Luis, "Mecanismos da Mediunidade, cap. 12, pág. 148)

"O passe é uma transfusão de energias psíquicas"
(Emmanuel, "O consolador", cap.5, questão 98, pág. 67)

"O passe é , antes de tudo, uma transfusão de amor."
(Divaldo P. Franco, "Diálogo com Dirigentes e Trabalhadores Espíritas, pág. 61)
(...)

"E Jesus , estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo de sua lepra."
(Mateus, 8:3)
Fonte: "Curso de Passes" - Grupo Espírita Francisco de Assis (GEPA)CONCEITO DE PASSE

BEZERRA DE MENEZES

Bezerra de Menezes

Bezerra de Menezes
Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu na Freguesia do Riacho do Sangue, hoje Jaguaretama (CE), em 29 de agosto de 1831. Educado dentro de padrões morais rígidos, formou-se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e tornou-se mais que médico: missionário. "Um médico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de perguntar se é longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate à porta”, escreveu. Para ele, o doente representava o anjo da caridade que lhe vinha fazer uma visita e lhe trazia a única moeda que podia saciar a sede de riqueza do Espírito. Seus gestos de bondade e sua infatigável compaixão tornaram-se lendários. 
A carreira política de Bezerra de Menezes iniciou-se em 1861, quando foi eleito vereador municipal pelo Partido Liberal. Na Câmara Municipal da Corte desenvolveu amplo trabalho em favor dos mais pobres. Foi reeleito para o período 1864-1868 e elegeu-se Deputado Geral em 1867.

Filme sobre a vida de

Bezerra de Meneses

Saiba mais e assista 
ao trailer sobre o filme 
clicando no link:
Novamente foi eleito vereador em 1873. Ocupou o cargo de presidente da Câmara, que atualmente corresponde ao de prefeito do Rio de Janeiro, de julho de 1878 a janeiro de 1881. Nessa época, a intensificação da luta abolicionista teve a adesão de Bezerra, que usou de extrema prudência no trato do assunto. 
No dia 16 de agosto de 1886, o público de duas mil pessoas que lotava a sala de honra da Guarda Velha, no Rio de Janeiro, ouviu, silencioso e atônito, o famoso médico e político anunciar sua conversão ao Espiritismo. Uma comoção. Reformador publicou a íntegra da conferência nas edições de setembro, outubro e novembro daquele ano. O contato com a Doutrina Espírita ocorrera dez anos antes, quando Joaquim Carlos Travassos, que fez a primeira tradução das obras de Allan Kardec, presenteou Bezerra com um exemplar de O Livro dos Espíritos. O episódio foi narrado pelo próprio Bezerra: "Disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto... Depois, é ridículo confessar-me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!... Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava n´O Livro dos Espíritos. Preocupei-me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença". 


Desde então, sua vida foi dedicada ao Espiritismo. Escritor refinado, passou a assinar artigos com temas espíritas. Aos domingos, escrevia no jornal então mais lido do Brasil: O Paiz. Sob o pseudônimo Max, assinava a série "Estudos Filosóficos - O Espiritismo", que escreveu ininterruptamente de novembro de 1886 a dezembro de 1893. Seus textos, inclusive os publicados no Reformador, marcaram época pela dignidade e coragem com que defendia seus pontos de vista e o Espiritismo. Em 1889 assumiu pela primeira vez a Presidência da FEB e iniciou o estudo metódico, semanal, de O Livro dos Espíritos. Entre os diversos livros que escreveu, constam trabalhos doutrinários, políticos e históricos. Todos deixam transparecer a preocupação com os desfavorecidos. Traduziu Obras Póstumas, de Allan Kardec.BEZERRA DE MENEZES
As divergências se multiplicavam entre os espíritas brasileiros. De um lado os chamados "místicos" e de outro os "científicos". Em 1895, Bezerra de Menezes foi lembrado como o único nome capaz de unir os espíritas. Em 3 de agosto daquele ano, assumiu pela segunda vez a presidência da FEB, cargo que ocupou até a sua desencarnação. À frente da Casa, imprimiu uma orientação acentuadamente evangélica aos trabalhos e recomeçou o estudo de O Livro dos Espíritos. 
No início de 1900, Bezerra de Menezes foi acometido por uma congestão cerebral. Grande número de visitantes de todas as classes sociais acorria à sua casa diariamente. Em 11 de abril de 1900, às 11h30, desencarnou, no Rio de Janeiro. Seu inventário – localizado no ano passado, pela Assessoria de Comunicação da FEB, no Arquivo Nacional – revela a pobreza que vivia: nada deixou de material para a família. 
Como Espírito, prossegue na vivência plena da caridade e da humildade: levantando os abatidos, consolando os curvados sob as provas terrenas, orientando espíritos endurecidos, inspirando indulgência. Sua assistência bondosa pode ser sentida nos livros e mensagens que ditou a Francisco Cândido Xavier, Yvonne Pereira e outros médiuns. Tradicionalmente, durante a reunião anual do Conselho Federativo Nacional da FEB, pelo médium Divaldo Pereira Franco, ele fala ao Movimento Espírita: continua a convidar os espíritas à união fraterna, perfumando as almas com seus exemplos de mansidão, devotamento, benevolência e perdão.

Nota: a foto não consta do texto original e foi inserida pelo KSSF.

PRECES E ORAÇÕES

Preces e Orações


Leia as diversas referências sobre a prece na Doutrina Espírita:
Jesus:

Jesus definiu claramente as qualidades da prece. Quando orardes, diz ele, não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto. Não afeteis orar muito, pois não é pela multiplicidade das palavras que sereis escutados, mas pela sinceridade delas. Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade. Oral, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu. Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes aos outros,
procurai o que há em vós de mau. (Cap. X, nº 7 e nº 8.)
Extraído do Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap.XXVII, nº 4

André Luiz:

-"A oração é o compromisso da criatura com o Criador, compromisso de testemunho e esforço, de dedicação aos superiores desígnios. Toda prece, entre nós, deve significar, acima de tudo, fidelidade do coração".(Os Mensageiros)
- "A prece traça fronteiras vibratórias". (Os Missionários da Luz);
- "A prece qualquer que seja ela, é ação provocando a reação que lhe corresponde". (Entre a Terra e o Céu).

Emmanuel:

- "A prece é o traço de luz que une as almas que se amam, onde quer que encontrem". (Cartas do Coração);
- "A prece é o hino dos corações". (Cartas de uma Morta).
- "A prece deve ser cultivada, não para que se revoguem as disposições da lei divina, mas a fim de que a coragem e a paciência inundem o coração de fortaleza nas lutas ásperas, pórem necessárias. A alma, em se voltando para Deus, não deve ter em mente senão a humildade sincera na aceitação de sua vontade superior". (Emmanuel);
- "Se a inquietação te bate à porta, busca a prece e medita". (Nosso Livro).

Humberto de Campos:

"Por prece devemos interpretar todo ato de relação do Homem com Deus, como expressão de agradecimento ou de rogativa, a oração é sempre um esforço da criatura ante a Providência Divina. Os que apenas suplicam, podem ser ignorantes; os que louvam podem ser somente preguiçosos. Todo aquele, porém, que trabalha pelo bem, com as suas mãos e com o seu pensamento, esse é o filho que aprendeu a orar, na exaltação ou nas rogativas, porque em todas as circunstâncias será fiel a Deus, consciente de que a vontade do Pai é mais justa do que a sua própria". (Boa Nova).

Isabel Campos:

"Aprece é como uma escada invisível, por onde subimos aos mais altos campos da experiência humana. Por intermédio dela, nossa alma recebe forças multiplicadas e só mesmo junto a essa fonte bendita, poderemos encontrar o suprimento de energias em que vamos vencendo as provas redentoras". (Cartas do Coração).

Casimiro Cunha:

"Cumpre sempre os teus deveres,
- Trabalho e realização
- São as preces mais sublimes
- de tua religião". (Cartas do Evangelho);

"Caridade, gentileza,
Auxílio, calma, perdão
São as preces mais sublimes
No teu altar de oração". (Gotas de Luz).
Texto com base em Trabalho confeccionado pelo Departamento de Juventude da União Espírita MIneira - U.E.M. Matéria extraída da Revista Aliança Espírita, outubro de 1982

HISTÓRIA DO ESPIRITISMO

A revelação e seu registro

Fonte: Texto - "A revelação e seu registro " - Jeferson Betarello e Cícero Souza - CEESPI (Centro de Estudos Espíritas) e FEAL - Fundação Espírita André Luiz
Em meados do século XIX, ou seja, por volta de 1850, as mesas girantes chamam a atenção da sociedade parisiense. Nas reuniões sociais as pessoas passam a se distrair com objetos que se movem aparentemente sem que possa se ver quem os movia.
A curiosidade humana estava sendo usada para chamar a atenção das pessoas para um mundo invisível que as circundava. Mas quantos perceberam que aquilo não era mágica, algo superficial, mas sim uma tentativa de comunicação?
Sempre houve fenômenos mediúnicos, porém nesta ocasião eles ocorreram de forma sistemática e abrangente, mostrando ostensivamente a presença de espíritos desencarnados em nosso meio.
Desta forma a atenção de homens como o Professor Rivail, que viria a ser conhecido como Allan Kardec, voltou-se para o estudo sério destes eventos, identificando-os como produzidos por forças incorpóreas e inteligentes.

A revelação estruturada nas obras da Codificação


A abordagem

Fé raciocinada. Pegando carona no racionalismo, Kardec resgata os valores religiosos à luz da ciência, tão valorizada naquele momento.

A necessidade

Resgatar o cristianismo puro deixado por Jesus, promovendo a quebra de paradigmas vigentes à época. Buscar a convivência pacífica entre Ciência e Religião, combatendo o materialismo ascendente, mostrando que ambas são necessárias e complementares para o homem, pois somos corpo e espírito.

O encadeamento

A obra de Kardec é extremamente bem elaborada, estando toda ela interligada. O Livro dos Espíritos é a pedra fundamental que fornece a visão geral, tratada em detalhes no restante da obra.
Convidamos aos interessados em conhecer a doutrina espírita que visitem estas obras, que têm um baixíssimo custo dado que o objetivo é difundir a doutrina ao maior número de pessoas. Note que conhecer o espiritismo não implica a necessidade de você mudar de religião, mas com certeza isto fará com que você entenda as situações de sua vida de uma maneira mais rica, percebendo que você é um elo de uma grande corrente, um ser em evolução, buscando ser feliz e nesta busca vai aprendendo, como uma criança, aquilo que lhe convém ao progresso espiritual e não às coisas efêmeras.
(...)
Gostaria de lembrar que as introduções contidas nestes livros, são de suma importância para o entendimento dos mesmos.

O Livro dos Espíritos

O Livro dos Espiritos - Allan KardecA primeira obra editada da codificação, datando de 18 de abril de 1857. Trata da parte filosófica do Espiritismo. Todos os outros livros são um detalhamento deste. Kardec, como pedagogo que era, concebeu este livro de maneira a facilitar o entendimento da nova doutrina. Para tanto, o fez no formato de perguntas e respostas, intercaladas com explicações para as questões que as requeriam.
Este livro é fundamental para aquele que deseja conhecer o Espiritismo, indispensável para aquele que se diz Espírita.

Livro dos Médiuns

O Livro dos MediunsTrata da prática mediúnica, editado pela primeira vez em 15 de Janeiro de 1861. Classifica metodicamente: os tipos de mediunidade, as causas, meios e efeitos dos fenômenos mediúnicos. É um manual técnico para os médiuns. Possibilita a prática científica do Espiritismo.
Indispensável para a organização, prática e entendimento dos trabalhos mediúnicos.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

O Evangelho Segundo o EspiritismoTrata da parte moral da doutrina espírita. Elucidando as passagens do Novo Testamento, acrescidas de comentários feitos pelos espíritos. Foi editado, pela primeira vez em 1863, revisto e ampliado posteriormente na forma que conhecemos em abril de 1864.
Trechos dos evangelhos, que tratam dos aspectos morais, são comentados pelos espíritos, explicando o seu significado sob a ótica espírita.
É um código de conduta para a vida. Um guia seguro, para que possamos vivenciar a nossa crença espírita.

O Céu e o Inferno

O Ceu e o Inferno - Allan KardecTrata das diferentes visões entre o catolicismo e o espiritismo sobre temas fundamentais da crença. Editado pela primeira vez em Agosto de 1865. Objetiva excluir do cristianismo, os conceitos introduzidos pelo catolicismo para exercer seu domínio sobre as criaturas simples. É assim que são explicadas: a não existência de criaturas eternamente más, como o Diabo, a não existência do Inferno e Purgatório. Mostrando que há vida além da morte do corpo físico, e que, segundo nossos méritos, iremos progredir adquirindo mais poder e liberdade de ação.
Foi vital para que fosse feita a transição da visão católica, que moldou todo o Ocidente, para a visão Espírita, que é o resgate do cristianismo puro deixado por Jesus. O Espiritismo, nos mostrou um Deus de amor infinito por seus filhos e não um Deus vingativo(...)

A Gênese

A Genese - Allan KardecTrata da revisão das revelações bíblicas à luz da nova doutrina Espírita e de questões filosófico-científicas. Editado pela primeira vez em 6 de Janeiro de 1868.
É de suma importância para acabar com a visão mística que se tem da criação. Trata de uma maneira lógica, problemas filosóficos que foram profundamente debatidos, sem solução, durante séculos. A doutrina Espírita vem lançar novas luzes que possibilitam o entendimento de questões como: O Bem e o Mal, a Matéria, o Espaço... Mostrando que tudo ocorre em nosso mundo de acordo com Leis Naturais, que regem nosso plano de existência, onde estamos para evoluir.
(...)
Fonte: Texto - "A revelação e seu registro " - Jeferson Betarello e Cícero Souza - CEESPI (Centro de Estudos Espíritas) eFEAL - Fundação Espírita André Luiz

Centro Espíritas no Brasil

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